Uncategorised

Sobre os láparos

Nota Técnica – Aprenda mais sobre os filhotes dos coelhos: os láparos
Para baixar essa nota técnica original e com fotos, clique aqui. 
 
Por: Por: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)
Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
 
 
 
Gestação: a coelha gesta, em média, por 30 dias (28 mínimo e 32 máximo). A média de filhotes varia entre 06, 07 ou 08 para coelhas de porte médio, mas não é raro casos extremos, de 01 até 14 láparos! Como regra geral, quanto maior for o número de filhotes, menor será o tempo de gestação. O desenvolvimento embrionário não é constante, sendo que nos primeiros 15 dias é lento (atingem até 08g) e nos outros 15 é acelerado (atingem até 60g).
 
Parto: 03, 02 ou 01 dia antes do parto a fêmea constrói um ninho com restos vegetais e seus próprios pelos. Normalmente parem à noite, com duração de 20 à 40 min. As fêmeas tendem a ingerir os restos placentários e os natimortos.
 
1° dia: Iniciam mamando o colostro até o 4° dia de vida. A matriz os alimentam uma única vez ao dia, sendo que cada mamada dura entre 03 e 05 minutos, assim, para determinar a produção de leite de uma coelha, basta os pesar antes de mamarem e depois da mamada diária. As mamas do abdômen são mais produtivas do que as do tórax. Podem ingerir até 25% do seu peso vivo. Os recém nascidos possuem locomoção limitada.e são desprovidos tanto de audição como de visão, no entanto, o olfato é muito bem desenvolvido, inclusive, orientam-se de forma bastante eficiente por estímulos táteis e odores do corpo materno, sendo dessa maneira que localizam os mamilos. A capacidade sensitiva e motora incluem as atividades no ninho. Nos primeiros minutos após a fêmea deixa-los, os filhotes urinam e se dispersam, tentando cavar o material que se encontram. Uma vez cobertos por estes materiais isolantes, os filhotes se reúnem novamente durante várias horas, numa desordem lenta na profundidade do ninho, permitindo a correta regulação da temperatura corporal de cada um. O crescimento das grandes e médias ninhadas é mais elevada do que das pequenas.
 
2° dia: Uma ou duas horas antes da próxima alimentação, os filhotes ficam inquietos. A fêmea retorna ao ninho um dia depois para amamenta-los novamente e, em seguida, deixa o ninho, bloqueando sua entrada, caso isso seja possível. Os láparos não selecionam um ou dois mamilos preferenciais, mas mudam com frequencia durante a amamentação, havendo muita competição na mamada. A ingestão do leite é bastante variável entre os filhotes, devido às diferentes capacidades sensoriais e motoras de cada um, além da concorrência e da disponibilidade de leite no momento da mamada. Neste período de desenvolvimento, os filhotes não tem muitas habilidades mastigatórias. Ainda tomam colostro.
 
3° dia: Começam a mordiscar as matérias fecais excretadas por eles, que constituirão seu primeiro contato com compostos sólidos. A troca de láparos é recomendada até esta idade, pois eles ainda apresentam grande apetite para o leite de qualquer coelha e a mãe não os reconhecem integralmente por associação entre visão e olfato. Passando dessa data, o nível de dificuldade em confundir a matriz torna-se muito alto, podendo ela rejeitar o filhote, matando de fome ou devorando. Uma dica seria colocar um pouco de perfume natural pouco acima do fucinho da coelha no momento da troca de filhotes, para diminuir a taxa de rejeição.
 
4° dia: Estabelece os primeiros contatos com as fezes duras da mãe que poderão ajuda-los a manter uma microbiota desejável, que será importante para eles após o desmame completo.
 
7° dia: Os filhotes começam a ouvir, mas ainda permanecem no ninho. Já nasceram todos seus pelos.
 
10° dia: Seus olhos começam a se abrir e podem manipular alguns alimentos sólidos encontrados eventualmente no ninho. Depois que a visão surge, iniciam caminhadas dentro do ninho pela curiosidade.
 
15° dia: Primeiras tentativas de deixar o ninho e ingerir os alimentos sólidos que a mãe consome (instinto).
 
16° dia: Até essa idade a ingestão de carboidratos é quase nula, no entanto, as proteínas e as gorduras do leite continuam a ser a principal fonte de energia até o desmame. A disponibilidade de leite é um fator que regulará a ingestão de alimentos sólidos antes da desmama. Se há poucos filhotes ou a produção de leite é grande, o início de alimentação sólida pode ser adiada por 02 a 04 dias, atrasando o desmame.
 
17° dia: Começam a comer, gradativamente, grande quantidades de alimentos sólidos pela capacidade de deixarem o ninho e reproduzir alguns hábitos da mãe. São submetidos a um período de rápido desenvolvimento a partir de uma dieta quase exclusiva de leite, para uma dieta de origem vegetal. Até os láparos conseguirem deixar o ninho por completo, a iniciativa de amamentar é exclusivamente da fêmea. Após saírem por completo do ninho, eles preferem comer no alimentador da mãe em vez de um alimentador próprio para eles na gaiola, por imitarem ela na escolha do local de alimentação ou do tipo de alimento.
 
18° dia: A capacidade digestiva dos filhotes deve acompanhar rapidamente a mudança do perfil nutricional, pois o leite é abundante em lipídios e proteínas, já dos alimentos peletizados de origem vegetal são ricos em carboidratos e pobres em lipídeos.
 
20° dia: A produção de leite da mãe chega ao seu pico máximo, decrescendo daí por diante. O consumo individual que antes era de 5-10g/dia após o nascimento, atinge um pico de 30g/dia.
 
21° dia: Têm-se início um dos fenômenos mais importantes e específico dos coelhos, a cecotrofia. Estudos sugerem que a cecotrofia inicia entre 21 e 25 dias de vida, quando a ingestão dos alimentos secos é suficientemente significativa para encher o intestino grosso. Em criações comerciais, pelo fato dos filhotes já terem abandonado o ninho e conseguirem localizar facilmente a mãe pela visão, retira-se a caixa/ninho, até mesmo para aumentar a área de espaço da matriz, quando a caixa/ninho localiza-se internamente à gaiola e não externamente. Daqui por diante eles aumentarão, progressivamente, o consumo de alimentos sólidos e de água, até o desmame completo.
 
22° dia: Os sentidos sensoriais deles encontram-se com excelentes propriedades funcionais, compatível aos próximos desafios como manter certa ordem hierárquica e ganhar espaço no momento da alimentação.
 
25° dia: o nível de proteínas vegetais consumidas pela ração atinge o nível de proteínas do leite na dieta. Dentro de poucos dias, os outros nutrientes da dieta vegetal ultrapassarão a dieta láctea e o láparo poderá desmamar. Caso contrário, os lipídios do leite serão os principais fornecedores de energia, atrasando o desmame. É importante saber isso porque a ingestão aumenta radicalmente a partir dessa idade, chegando a 40-50 g/dia. Em menos de quatro semanas o peso dos láparos chega a aumentar até doze vezes!
 
30° dia: O período de lactação está chegando ou já chegou ao fim. Os filhotes já estão adaptados à ração e ao volumoso, ingerindo quantidade suficiente para o seu crescimento e desenvolvimento. Daqui a algum tempo irão ser desmamados completamente.

 

Coelhos PET ou anões

Nota Técnica – Coelhos pet, de estimação, mini, pequenos, anões...
Para baixar a nota técnica origiram e com fotos, clique aqui. 
Por: Por: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)
Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Acaso isso tudo significa a mesma coisa ou não?
NÃO! Você pode ter um coelho pet que é de estimação, mas se ele for grande então ele deixa de ser pet mas não de estimação, mas com certeza não é pequeno. Caso tenha um coelho pequeno que não é de estimação, assim mesmo ele é classificado como um pet e ao mesmo tempo é um mini-coelho, mas não é anão, de maneira alguma. Porém, se possuir um coelho anão que também não é de estimação, ainda assim será pet e considerado mini. Agora, um coelho de médio porte, independente se for de estimação ou não, nem sempre será um peou um mini e, consecutivamente, não poderá chama-lo de anão, exceto se apelidado de “anão”. Resumindo: nem todo pet é mini, mas todo mini é anão e todo anão é pet porque é mini...Mas não necessariamente precisam ser de estimação, podendo ser pequeno ou não!
Será que você conseguiu entender tudo ou parte do que foi falado acima? Sim!? Parabéns, você entende perfeitamente os conceitos da cunicultura pet e consegue conversar de forma clara sobre esse assunto. Acho que até estou falando com um especialista. Não!? Entendeu apenas parte ou nada disso. Sem problemas! Essa nota técnica foi elaborada justamente para você! Leia com atenção e também entenderá!
Coelho: parece desnecessário escreve isso, mas sempre que alguém estiver expressando-se sobre ‘coelho’, sem especificar-se, por lógica, estarão referindo-se ao animal da espécie “Oryctolagus cuniculus”, coelho domesticado que tem sua origem principal na Europa e que possui 22 pares cromossômicos. Para um entendimento mais simples, são os coelhos domésticos, aqueles encontrados nas feiras agropecuárias, pet shoppings, fazendas, chácaras, sítios, entre tantos outros estabelecimentos. Estes coelhos possuem mais de 50 raças e 150 variedades diferentes. Um coelho pode ser pet, de estimação, mini, pequeno e/ou anão.
Coelho de estimação: por se tratar de um coelho e não especificar a espécie, trata-se do coelho doméstico. Um animal de estimação, também denominado como mascote, é um animal doméstico ou em domesticação, selecionado para o convívio mais íntimo com os seres humanos, sejam por questões de companheirismo ou divertimento.
Isso não significa que essa seja a sua única função em nossa sociedade. Tomemos o cão como exemplo. O cão, na maioria dos lares, é usado quase que exclusivamente como companhia. Sabemos que existem cães de caça, de guarda, de resgate, de transporte, de deficientes, entre outros. Cada raça de cão tem uma ou mais de uma dessas aptidões. O cão da raça Pastor Alemão é um cão com aptidões para protegernos ou proteger nossa residencia contra mal feitores, sendo assim é considerado como um cão de guarda. Um Pastor Alemão da polícia federal continua sendo de guarda e executa essa função perfeitamente, mas não pode ser considerado de estimação, porque não possui um dono específico, não pode residir junto ao seu tratador e normalmente, não possui aptidão para isso, pois é treinado para combater ladrões e não para brincar com pessoas. Já o seu Pastor Alemão, mesmo executando a tarefa de guarda, ele é considerado de estimação, pois além de possuir você como dono, ele e você residenciam o mesmo estabelecimento e você o reconhece como um colega, amigo ou mesmo membro da família.
Os coelhos seguem a mesma linha de raciocínio. Os coehos, assim como os cães, possuem aptidões. Aptidão para carne, pele, pelo, reprodução e/ou companhia. Coelhos com aptidão para companhia foram selecionados, única e exclusivamente para residenciarem nos lares familiares como mascotes. Os coelhos sem essa aptidão podem ser animais de companhia, porém, muitos não possuem temperamento dócil nem criam laços afetivos com seus donos. Ainda assim um coelho que têm um dono ou mais, que residencia junto com seu tratador, independente se há um lugar específico para ele ou não, é considerado como um coelho de companhia, tendo ele essa aptidão ou não, pois para ser considerado como de companhia, basta seu dono possuir um vínculo de intimidade maior com seu animal e não necessáriamente o inverso. Você pode ter um coelho de estimação de porte gigante, que pesa 12Kg, com aptidão para reprodução e toda vez que tenta pegá-lo ele lhe arranha. Como outra pessoa pode ter um coelho de porte pequeno ou anão, pesando próximo de 1Kg e toda vez que ela chega perto do animal, ele corre de encontro para um abraço afável.
IMAGEM ESQUERDA: coelhos domésticos
IMAGEM DIREITA: um coelho doméstico adquirido por uma simpática garotinha. Esse coelho poderá crescer bastante ou pouco. Independente disso, continuará sendo de estimação para ela. Já não podemos afirmar isso quanto aos outros coelhinhos da imagem esquerda.
Mini-coelho: Podemos classificar as diferentes raças de coelhos segundo diversos critérios anatômicos e/ou morfológicos, tais como tamanho das orelhas (grande, média ou pequena), inserção delas no corpo (eretas em U, eretas em V, pendentes ou caídas), pigmentação dos olhos (pigmentados ou despigmentados), papadas (simples, dupla, tríplice, papada de avental, papada lateral, botão de macho), entre muitíssimas outras. Porém, existem algumas classificações consideradas principais, por considerarem os aspectos econômicos importantes. São quatro as principais: pelagem, comprimento dos pelos, aptidão e porte físico. O porte físico é subdivido em peso e tamanho, ambos com mais subdivisões. Tecnicamente, as subdivisões do tamanho dos coelhos são gigante, médio, pequeno e anão. Os tamanhos pequenos, anões e alguns médios podem ser agrupados num único conjunto de tamanhos, denominado mini. Ou seja, mini-coelhos, nada mais são do que os coelhos que possuem um dos tamanhos: anão, pequeno ou médio. Os coelhos médios somente são considerados mini se estiverem próximos do menor dos tamanhos exigidos pelo padrão da raça
Coelhos pequenos e anões: são duas subdivisões de tamanho que os coelhos possuem. Coelhos pequenos são maiores do que os coelhos anões e menores do que os coelhos de porte médio. Essas duas categorias são apresentadas em diversos livros e muito divulgadas no meio acadêmico, mas pouco difundida entre muitos cunicultores e criadores de coelhos, por isso, para muitos deles, coelhos anões e pequenos são as mesmas definições...Mas na verdade são subdivisões diferentes de tamanho. Ambas subdivisões estão na definição de mini-coelhos, mas é importante frisar que mini-coelhos representa um conjunto formado pelo agrupamento das três menores subdivisões de tamanho (anão, pequeno e médio).
Pet: Um dos conceitos mais difíceis de serem entendidos corretamente, tanto para coelhos quanto para qualquer outra espécie domesticada, pois, além de ser uma palavra com origem estrangeira, passou por muitas modificações de conceitos ao longo dos anos e, para dificultar ainda mais, não é empregada de forma igualitária por todas as pessoas.
Alguns entendem ‘pet’ como um animal ‘pequeno’, outros como ‘de estimação’ e mais alguns como ‘pequenos de estimação’. Todo coelho, independente do tamanho, quando comparado com cães e gatos, são do mesmo tamanho ou menores, e todo coelho pode ser considerado de estimação, como analisado na definição acima, sendo assim, todo coelho pode ser considerado ‘pet’.
Enquanto para a maioria das pessoas ‘pet’ é sinônimo de ‘estimação’, para as empresas de rações, ‘pet’ é sinônimo de ‘pequeno’, não pelo tamanho, mas por comerem pouco. Nesse sentido os filhotes de grande ou médio porte e todos os animais de pequeno porte, domésticos ou domesticáveis, são ‘pet’ para a maioria dos fabricantes de ração. Agora, ninguém afirma que os pintinhos de um dia são pet, mesmo comendo pouco, sendo pequenos. Por quê? A resposta mais provável seria por que não são de estimação.
Depois de todos esses questionamentos e informações, podemos definir um animal ‘pet’ como sinônimo de animal ‘pequeno e de companhia’. Pequeno entre as espécies animais e de estimação dentro da espécie. Para exemplificar essas palavras, tomemos como exemplo duas raças de cães: Doberman e Poodle. Todo Poodle, independente da categoria, é considerado como ‘pet’, mas somente os filhotes de Doberman são considerados ‘pet’.
Coelho pet: todo coelho é considerado pet, porque todo coelho é pequeno ou do mesmo tamanho quando comparados com cães e gatos e, teoricamente, todos podem ser de estimação. Mas é importante salientar que existe uma tendência em classificar quais coelhos são e quais não são ‘pet’. Por essa classificação, coelhos ‘pet’ seriam o sinônimo exato de mini-coelhos, ou seja, coelhos de menor porte físico, especialmente selecionados como animais de companhia. Porém, essa classificação ainda não é aceita por todos que possuem coelhos e no Brasil, como não existe uma cultura consolidada quanto ao consumo de carne de coelho, para a maioria dos brasileiros, todos os coelhos são animais de estimação, agravando a resistência ao consumo da carne das raças de corte, atribuindo à elas aptidões para companhia, o que não deveria ser feito nem pela logística comercial nem pelo âmbito comportamental, já que coelhos de corte ainda possuem alguns comportamentos defensivos dos seus antepassados, os coelhos selvagens, como arranhar.
IMAGEM DIREITA: um coelho de porte gigante, oposto dos mini-coelhos. Neste caso, é de companhia. Alguns afirmam que ele é um ‘pet’ por ser coelho, enquanto outros negam por não possuir aptidão de companhia, nem tamanho adequado para essa tarefa.
Nota Técnica – Coelhos pet, de estimação, mini, pequenos, anões...Acaso isso tudo significa a mesma coisa ou não?NÃO! Você pode ter um coelho pet que é de estimação, mas se ele for grande então ele deixa de ser pet mas não de estimação, mas com certeza não é pequeno. Caso tenha um coelho pequeno que não é de estimação, assim mesmo ele é classificado como um pet e ao mesmo tempo é um mini-coelho, mas não é anão, de maneira alguma. Porém, se possuir um coelho anão que também não é de estimação, ainda assim será pet e considerado mini. Agora, um coelho de médio porte, independente se for de estimação ou não, nem sempre será um peou um mini e, consecutivamente, não poderá chama-lo de anão, exceto se apelidado de “anão”. Resumindo: nem todo pet é mini, mas todo mini é anão e todo anão é pet porque é mini...Mas não necessariamente precisam ser de estimação, podendo ser pequeno ou não!Será que você conseguiu entender tudo ou parte do que foi falado acima? Sim!? Parabéns, você entende perfeitamente os conceitos da cunicultura pet e consegue conversar de forma clara sobre esse assunto. Acho que até estou falando com um especialista. Não!? Entendeu apenas parte ou nada disso. Sem problemas! Essa nota técnica foi elaborada justamente para você! Leia com atenção e também entenderá!Coelho: parece desnecessário escreve isso, mas sempre que alguém estiver expressando-se sobre ‘coelho’, sem especificar-se, por lógica, estarão referindo-se ao animal da espécie “Oryctolagus cuniculus”, coelho domesticado que tem sua origem principal na Europa e que possui 22 pares cromossômicos. Para um entendimento mais simples, são os coelhos domésticos, aqueles encontrados nas feiras agropecuárias, pet shoppings, fazendas, chácaras, sítios, entre tantos outros estabelecimentos. Estes coelhos possuem mais de 50 raças e 150 variedades diferentes. Um coelho pode ser pet, de estimação, mini, pequeno e/ou anão.Coelho de estimação: por se tratar de um coelho e não especificar a espécie, trata-se do coelho doméstico. Um animal de estimação, também denominado como mascote, é um animal doméstico ou em domesticação, selecionado para o convívio mais íntimo com os seres humanos, sejam por questões de companheirismo ou divertimento.Isso não significa que essa seja a sua única função em nossa sociedade. Tomemos o cão como exemplo. O cão, na maioria dos lares, é usado quase que exclusivamente como companhia. Sabemos que existem cães de caça, de guarda, de resgate, de transporte, de deficientes, entre outros. Cada raça de cão tem uma ou mais de uma dessas aptidões. O cão da raça Pastor Alemão é um cão com aptidões para protegernos ou proteger nossa residencia contra mal feitores, sendo assim é considerado como um cão de guarda. Um Pastor Alemão da polícia federal continua sendo de guarda e executa essa função perfeitamente, mas não pode ser considerado de estimação, porque não possui um dono específico, não pode residir junto ao seu tratador e normalmente, não possui aptidão para isso, pois é treinado para combater ladrões e não para brincar com pessoas. Já o seu Pastor Alemão, mesmo executando a tarefa de guarda, ele é considerado de estimação, pois além de possuir você como dono, ele e você residenciam o mesmo estabelecimento e você o reconhece como um colega, amigo ou mesmo membro da família.Os coelhos seguem a mesma linha de raciocínio. Os coehos, assim como os cães, possuem aptidões. Aptidão para carne, pele, pelo, reprodução e/ou companhia. Coelhos com aptidão para companhia foram selecionados, única e exclusivamente para residenciarem nos lares familiares como mascotes. Os coelhos sem essa aptidão podem ser animais de companhia, porém, muitos não possuem temperamento dócil nem criam laços afetivos com seus donos. Ainda assim um coelho que têm um dono ou mais, que residencia junto com seu tratador, independente se há um lugar específico para ele ou não, é considerado como um coelho de companhia, tendo ele essa aptidão ou não, pois para ser considerado como de companhia, basta seu dono possuir um vínculo de intimidade maior com seu animal e não necessáriamente o inverso. Você pode ter um coelho de estimação de porte gigante, que pesa 12Kg, com aptidão para reprodução e toda vez que tenta pegá-lo ele lhe arranha. Como outra pessoa pode ter um coelho de porte pequeno ou anão, pesando próximo de 1Kg e toda vez que ela chega perto do animal, ele corre de encontro para um abraço afável.IMAGEM ESQUERDA: coelhos domésticosIMAGEM DIREITA: um coelho doméstico adquirido por uma simpática garotinha. Esse coelho poderá crescer bastante ou pouco. Independente disso, continuará sendo de estimação para ela. Já não podemos afirmar isso quanto aos outros coelhinhos da imagem esquerda.Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, enfoque em Cunicultura.Endereço de contato: Rua Mandaguarí, n°198, ap.401, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.á – PR, 28 de março de 2013Mini-coelho: Podemos classificar as diferentes raças de coelhos segundo diversos critérios anatômicos e/ou morfológicos, tais como tamanho das orelhas (grande, média ou pequena), inserção delas no corpo (eretas em U, eretas em V, pendentes ou caídas), pigmentação dos olhos (pigmentados ou despigmentados), papadas (simples, dupla, tríplice, papada de avental, papada lateral, botão de macho), entre muitíssimas outras. Porém, existem algumas classificações consideradas principais, por considerarem os aspectos econômicos importantes. São quatro as principais: pelagem, comprimento dos pelos, aptidão e porte físico. O porte físico é subdivido em peso e tamanho, ambos com mais subdivisões. Tecnicamente, as subdivisões do tamanho dos coelhos são gigante, médio, pequeno e anão. Os tamanhos pequenos, anões e alguns médios podem ser agrupados num único conjunto de tamanhos, denominado mini. Ou seja, mini-coelhos, nada mais são do que os coelhos que possuem um dos tamanhos: anão, pequeno ou médio. Os coelhos médios somente são considerados mini se estiverem próximos do menor dos tamanhos exigidos pelo padrão da raçaCoelhos pequenos e anões: são duas subdivisões de tamanho que os coelhos possuem. Coelhos pequenos são maiores do que os coelhos anões e menores do que os coelhos de porte médio. Essas duas categorias são apresentadas em diversos livros e muito divulgadas no meio acadêmico, mas pouco difundida entre muitos cunicultores e criadores de coelhos, por isso, para muitos deles, coelhos anões e pequenos são as mesmas definições...Mas na verdade são subdivisões diferentes de tamanho. Ambas subdivisões estão na definição de mini-coelhos, mas é importante frisar que mini-coelhos representa um conjunto formado pelo agrupamento das três menores subdivisões de tamanho (anão, pequeno e médio).Pet: Um dos conceitos mais difíceis de serem entendidos corretamente, tanto para coelhos quanto para qualquer outra espécie domesticada, pois, além de ser uma palavra com origem estrangeira, passou por muitas modificações de conceitos ao longo dos anos e, para dificultar ainda mais, não é empregada de forma igualitária por todas as pessoas.Alguns entendem ‘pet’ como um animal ‘pequeno’, outros como ‘de estimação’ e mais alguns como ‘pequenos de estimação’. Todo coelho, independente do tamanho, quando comparado com cães e gatos, são do mesmo tamanho ou menores, e todo coelho pode ser considerado de estimação, como analisado na definição acima, sendo assim, todo coelho pode ser considerado ‘pet’.Enquanto para a maioria das pessoas ‘pet’ é sinônimo de ‘estimação’, para as empresas de rações, ‘pet’ é sinônimo de ‘pequeno’, não pelo tamanho, mas por comerem pouco. Nesse sentido os filhotes de grande ou médio porte e todos os animais de pequeno porte, domésticos ou domesticáveis, são ‘pet’ para a maioria dos fabricantes de ração. Agora, ninguém afirma que os pintinhos de um dia são pet, mesmo comendo pouco, sendo pequenos. Por quê? A resposta mais provável seria por que não são de estimação.Depois de todos esses questionamentos e informações, podemos definir um animal ‘pet’ como sinônimo de animal ‘pequeno e de companhia’. Pequeno entre as espécies animais e de estimação dentro da espécie. Para exemplificar essas palavras, tomemos como exemplo duas raças de cães: Doberman e Poodle. Todo Poodle, independente da categoria, é considerado como ‘pet’, mas somente os filhotes de Doberman são considerados ‘pet’.Coelho pet: todo coelho é considerado pet, porque todo coelho é pequeno ou do mesmo tamanho quando comparados com cães e gatos e, teoricamente, todos podem ser de estimação. Mas é importante salientar que existe uma tendência em classificar quais coelhos são e quais não são ‘pet’. Por essa classificação, coelhos ‘pet’ seriam o sinônimo exato de mini-coelhos, ou seja, coelhos de menor porte físico, especialmente selecionados como animais de companhia. Porém, essa classificação ainda não é aceita por todos que possuem coelhos e no Brasil, como não existe uma cultura consolidada quanto ao consumo de carne de coelho, para a maioria dos brasileiros, todos os coelhos são animais de estimação, agravando a resistência ao consumo da carne das raças de corte, atribuindo à elas aptidões para companhia, o que não deveria ser feito nem pela logística comercial nem pelo âmbito comportamental, já que coelhos de corte ainda possuem alguns comportamentos defensivos dos seus antepassados, os coelhos selvagens, como arranhar.1) Coelho de porte anão;(Todos são mini-coelhos)2) Coelho de porte pequeno;(Todos são mini-coelhos)3) Coelho de porte médio;(Alguns são mini-coelhos)4) Coelho de porte gigante(Nenhum são mini-coelhos)IMAGEM DIREITA: um coelho de porte gigante, oposto dos mini-coelhos. Neste caso, é de companhia. Alguns afirmam que ele é um ‘pet’ por ser coelho, enquanto outros negam por não possuir aptidão de companhia, nem tamanho adequado para essa tarefa.

Entendendo a alimentação

Nota Técnica – Entendendo a alimentação dos coelhos de forma comparativa
Para baixar o arquivo original com fotos, clique aqui. 

Por: Por: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)
Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

 

 

Quantos são os livros, as revistas, os artigos, as revisões, as notas, os relatos, as cartas, os sites e tantos outros meios de divulgação que tratam sobre a alimentação de coelhos especificamente? Muitos e muitos, com certeza, tanto a nível nacional quanto internacional. Quantas dessas publicações tratam de forma científica e/ou técnica, com vários gráficos, quadros, tabelas, fotos e uma série de estatísticas diferentes? Muitos e muitos também. Agora, pergunto à todos que trabalham com coelhos mas não estão no meio acadêmico, quantos que vocês entenderam a importância e os “por quês” de se alimentar coelhos corretamente? Acredito que poucos não é verdade? Essa nota destina-se a justamente à vocês, pessoas que necessitam desse conhecimento mas de forma simples e precisa. Para isso, vamos entender como nós nos alimentamos, nas diferentes fases de nossa vida e comparar com as fases de vida dos coelhos. Bom proveito!
A gestação das mulheres dura, comumente, nove meses. Durante o início da gestação, a futura mamãe não sente mais ou menos fome do que sentia antes, quando ainda não estava grávida, mas com o passar dos meses sua fome vai aumentando, aumentando, AUMENTADO, até o ponto dela sonhar com comida e sentir o que chamamos de desejo (tipo melancia caramelada com pimenta e mostarda...Eca!). Isso ocorre porque o bebê precisa crescer e desenvolver. Como ainda não pode se alimentar por conta própria, necessita dos nutrientes que a mãe “manda” via alimentação, por isso é importante que ela seja consciente em TUDO o que consome (bebida, comida e tudo mais o que não for bebida nem comida, tais como drogas e medicamentos), pois praticamente TUDO poderá ser absorvido pelo prematuro.
Voltando ao assunto, quanto maior o tempo de gestação, maior é a sensação de fome, assim como maior for o número de filhos. No final da gestação a barriga da mamãe está tão grande que empurra os órgãos dela para os lados, inclusive os intestinos e o estômago, comprimindo um pouco eles, fazendo a mamãe perder um pouco da fome. É importante salientar que essa mãe deve nutrir-se corretamente e preferir alimentos com maior teor de energia (engordar um pouquinho), pois quando ela começar a ingerir menos alimento, ela tem um pouco de reserva corporal (um pneuzinho de leve) para mantê-la em perfeito estado de saúde.
Ao nascermos, nosso primeiro alimento é o colostro (um tipo de leite que a todas as mães mamíferas produzem, que contêm maior quantidade de todos os nutrientes e rico em células de defesa) e em seguida o leite materno (importante fonte de alimentação e nutrição dos recém-nascidos, recomendado amamentação até o tempo mais tardar possível, preferencialmente por dois anos). A mãe agora come muuuito mais do que antes, porque precisa de muuuita energia e muuuitos nutrientes para produzir o leite, pois a produção de leite requer que o metabolismo materno aumente muito e aumentar o metabolismo significa aumentar a quantidade de alimento ingerido.
Mais tarde o bebê passa a se alimentar de leite mais os alimentos que a mãe oferece para ele, seja de origem animal ou vegetal, até chegar ao ponto da criança deixar de mamar por completo para comer, exclusivamente, alimentos sólidos e água. Importante salientar que mesmo que o neném apenas mame é recomendado dar-lhe água via mamadeira, para sempre mantê-lo hidratado e acostumá-lo com o líquido mais importante à vida de todos os seres vivos.
Quando a criança passa pelo estágio de adolescencia a fome continua, mas a capacidade de alimentar-se aumenta porque o adolescente cresceu e ficou com um porte maior, ou seja, com estômago e intestinos maiores. Chega uma fase que todo adolescente passa, ou deveria passar, onde seu metabolismo está muito elevado, por conta da fabricação de uma série de hormônios que serão importantes para ele iniciar e manter suas atividades sexuais. Deixando o libido dos meninos e das meninas de lado, a sensação de fome é extrema, pois estão numa fase de crescimento, desenvolvimento e fabricação hormonal, além do raciocínio expandir muito. Todos esses processos necessitam de nutrientes para ocorrer, sendo que cada processo aumenta a fome do indivíduo, como cada nutriente está contido nos alimentos que eles consomem a fome exagerada é o resultado desses acontecimentos.
Ao irem tornando-se adultos, aquela sensação de fome exagerada diminui gradativamente, pois agora o adolescente vai parando o crescimento, o desenvolvimento e os hormônios estabilizam-se. Na fase adulta o ser humana necessita apenas manter sua massa corporal, ou seja, deve-se alimentar sem engordar ou emagrecer, apenas manter o peso.
Daí por diante, quanto maior for a idade, menor a quantidade de comida necessária, porque o corpo das pessoas mais velhas, além de começarem a constante perda de massa, também tem seu metabolismo (atividade corporal) diminuída. É por isso que idosos precisam comer menos quando comparados com adultos de seu mesmo tamanho.
Entendido, mas...E os coelhos, o que tem haver com isso? A resposta é TUDO, POIS OCORRE O MESMO COM ELES, mudando apenas alguns detalhes, próprios da espécie. Importante ressaltar que os dados dessa nora referem-se à coelhos de porte médio.
A coelha também tem fome na gestação inicial (1° ao 15° primeiros dias), mas essa fome é basicamente a mesma quando ainda não estava prenhe. A fome, na verdade, dobra na segunda metade da gestação (16° até o fim da gestação, que varia entre 28 e 32 dias) e triplica quando amamenta (entre 30 e 45 dias de lactação, com normalidade de 35 dias), até desmamar todos os coelhinhos (entre 30 e 45 dias de idade). Como regra geral, a coelha, do primeiro dia de gestação até a metade dela, deverá receber a mesma quantidade de ração que recebia quando ainda estava “vazia”. Na segunda metade da gestação dobra-se a quantidade de ração, podendo fornecer um pouco de volumoso à elas para aumentar o tamanho do estômago e dos intestinos, pois ela vai precisar comer muito mais quando estiver lactando, período que triplicamos a quantidade de ração até o período da desmama.
Cada coelhinho vai mamar, exclusivamente, até os 17 dias de idade. Aos 18, 19, 20 dias, eles começam a sair do ninho e vasculhar o ambiente, no caso, a gaiola. Vasculhando, eles encontram o comedouro da mãe e começam a “beliscar” a ração dela. Esse é o primeiro contato deles com os alimentos sólidos. Quando atingem 30 dias, já estão acostumados a comer ração, de tanto “beliscarem”. Aos 35 dias a coelha não produz ou produz muito pouco leite, forçando os filhotes a comerem, exclusivamente, ração.
Cada coelho consumirá aproximadamente 120g de ração por dia entre os 35 e 50 e 150g entre 51 e 70 dias, idade que normalmente são abatidos. A primeira fase (35 aos 50 dias) é comum o aparecimento de diarreias, porque ainda não fabricam todas as enzimas necessárias para a digestão de alimentos sólidos e a mal digestão provoca diarreia, além do estresse de iniciarem uma nova vida sem a mãe.
Nessa idade, 35 à 70 dias, são considerados jovens, ainda em período de crescimento...Aí vem a pergunta de muitos cunicultores: por que não esperar mais tempo para abatê-los se ainda podem ganhar mais peso? A resposta está no consumo alimentar. A partir dos 70 dias de vida os coelhos passam a comer mais ração, ganhando menos peso. Na realidade o cunicultor deve fazer os cálculos de quanto ele gastou para que os coelhos consumissem a ração e o quanto irá ganhar pelo peso que eles adquiriram nesse período de tempo, verificando, dessa maneira, qual é o ponto de lucro máximo, ou seja, o dia de vida mais provável que seus coelhos em crescimento têm que estão com o maior peso e o menor dos consumos. Comumente, para a maioria dos acasalamentos, o período encontra-se aos 70 dias e por isso a recomendação do abate aos 70 dias. Além disso, a carne de um animal aos 70 dias é bem mais tenra do que animais de 90 ou 120. Salientando que animais com 90 dias de vida iniciam a fase da puberdade, aumentando a incidência de brigas pela hierarquia animal.
Quando os animais completam cinco meses de idade (as coelhas quatro e os coelhos seis), os animais entram em atividade reprodutiva. É comum acasalarmos os animais quando atingem 80% do peso vivo adulto. Importante saber que os animais ainda crescerão 20%, ou seja, as coelhas que serão acasaladas estão em fase reprodutiva E de crescimento, ou seja, necessitam de alimentos com qualidade e quantidade logo na primeira gestação. Já comentou-se sobre a coelha gestante e sua fome, falta ressaltar alguns detalhes. Coelhas que são acasaladas antes de completarem 80% do peso vivo adulto, normalmente, NÃO conseguem dar crias. Quando emprenham ou morrem os filhotes ou morre e mãe. E quando todos sobrevivem, a mãe não produz leite adequadamente, prejudicando o crescimento posterior dos láparos.
O coelho com seus cinco, seis meses de idade, deve receber uma quantidade de ração um pouco superior que na sua fase anterior, pois ainda encontra-se na fase de crescimento. Apóe esse período o coelho é considerado um reprodutor e, por isso, seu crescimento é estagnado. Consecutivamente, a quantidade de ração deve ser limitada entre 50 e 80g por dia. No começo o apetite do animal se mantêm o mesmo. Acostumado a comer ração à vontade, os primeiros dias de limitação são os mais difíceis, tanto para o animal, quanto para o tratador. Caso o tratador continue a colocar a mesma quantidade de ração que antes, em pouco tempo o coelho engorda e seus efeitos são: baixa a libido, dificuldade em demostrar o pênis e nos saltos executados, diminui a qualidade do sêmen e o animal fica mais sedentário e apático na gaiola. Alguns tratadores, por outro lado, exageram na redução da ração, causando magreza exagerada, o que resulta em: pouca musculatura aparente, um ou nenhum salto semanal nas fêmeas, movimentos pélvicos diminuídos e pouco intensos, doenças secundárias mais frequentes e distúrbios intestinais e até mentais.
As fêmeas podem correr os mesmos riscos que os machos. É fundamental que as fêmeas, além de terem que possuir 80% do seu peso vivo adulto, devam estar com estômago e intestinos mais dilatados (utilizando forragens) e com peso levemente acima (reserva de energia) para aguentar os 15 últimos dias de gestação. Caso os dois últimos requisitos não sejam colocados em prática, as coelhas poderão passar desde dificuldades no parto até mesmo a morte da mãe com seus filhotes.
Por fim, toda ração fornecida, que é o conjunto dos alimentos a serem ingeridos, deve possuir uma composição não somente balanceada (com todos os nutrientes requeridos para cada fase de vida dos animais), mas também em quantidade adequada e com qualidade garantida (disponibilidade).
Nota Técnica – Entendendo a alimentação dos coelhos de forma comparativaQuantos são os livros, as revistas, os artigos, as revisões, as notas, os relatos, as cartas, os sites e tantos outros meios de divulgação que tratam sobre a alimentação de coelhos especificamente? Muitos e muitos, com certeza, tanto a nível nacional quanto internacional. Quantas dessas publicações tratam de forma científica e/ou técnica, com vários gráficos, quadros, tabelas, fotos e uma série de estatísticas diferentes? Muitos e muitos também. Agora, pergunto à todos que trabalham com coelhos mas não estão no meio acadêmico, quantos que vocês entenderam a importância e os “por quês” de se alimentar coelhos corretamente? Acredito que poucos não é verdade? Essa nota destina-se a justamente à vocês, pessoas que necessitam desse conhecimento mas de forma simples e precisa. Para isso, vamos entender como nós nos alimentamos, nas diferentes fases de nossa vida e comparar com as fases de vida dos coelhos. Bom proveito!A gestação das mulheres dura, comumente, nove meses. Durante o início da gestação, a futura mamãe não sente mais ou menos fome do que sentia antes, quando ainda não estava grávida, mas com o passar dos meses sua fome vai aumentando, aumentando, AUMENTADO, até o ponto dela sonhar com comida e sentir o que chamamos de desejo (tipo melancia caramelada com pimenta e mostarda...Eca!). Isso ocorre porque o bebê precisa crescer e desenvolver. Como ainda não pode se alimentar por conta própria, necessita dos nutrientes que a mãe “manda” via alimentação, por isso é importante que ela seja consciente em TUDO o que consome (bebida, comida e tudo mais o que não for bebida nem comida, tais como drogas e medicamentos), pois praticamente TUDO poderá ser absorvido pelo prematuro.Voltando ao assunto, quanto maior o tempo de gestação, maior é a sensação de fome, assim como maior for o número de filhos. No final da gestação a barriga da mamãe está tão grande que empurra os órgãos dela para os lados, inclusive os intestinos e o estômago, comprimindo um pouco eles, fazendo a mamãe perder um pouco da fome. É importante salientar que essa mãe deve nutrir-se corretamente e preferir alimentos com maior teor de energia (engordar um pouquinho), pois quando ela começar a ingerir menos alimento, ela tem um pouco de reserva corporal (um pneuzinho de leve) para mantê-la em perfeito estado de saúde.Ao nascermos, nosso primeiro alimento é o colostro (um tipo de leite que a todas as mães mamíferas produzem, que contêm maior quantidade de todos os nutrientes e rico em células de defesa) e em seguida o leite materno (importante fonte de alimentação e nutrição dos recém-nascidos, recomendado amamentação até o tempo mais tardar possível, preferencialmente por dois anos). A mãe agora come muuuito mais do que antes, porque precisa de muuuita energia e muuuitos nutrientes para produzir o leite, pois a produção de leite requer que o metabolismo materno aumente muito e aumentar o metabolismo significa aumentar a quantidade de alimento ingerido.Mais tarde o bebê passa a se alimentar de leite mais os alimentos que a mãe oferece para ele, seja de origem animal ou vegetal, até chegar ao ponto da criança deixar de mamar por completo para comer, exclusivamente, alimentos sólidos e água. Importante salientar que mesmo que o neném apenas mame é recomendado dar-lhe água via mamadeira, para sempre mantê-lo hidratado e acostumá-lo com o líquido mais importante à vida de todos os seres vivos.Quando a criança passa pelo estágio de adolescencia a fome continua, mas a capacidade de alimentar-se aumenta porque o adolescente cresceu e ficou com um porte maior, ou seja, com estômago e intestinos maiores. Chega uma fase que todo adolescente passa, ou deveria passar, onde seu metabolismo está muito elevado, por conta da fabricação de uma série de hormônios que serão importantes para ele iniciar e manter suas atividades sexuais. Deixando o libido dos meninos e das meninas de lado, a sensação de fome é extrema, pois estão numa fase de crescimento, desenvolvimento e fabricação hormonal, além do raciocínio expandir muito. Todos esses processos necessitam de nutrientes para ocorrer, sendo que cada processo aumenta a fome do indivíduo, como cada nutriente está contido nos alimentos que eles consomem a fome exagerada é o resultado desses acontecimentos.Ao irem tornando-se adultos, aquela sensação de fome exagerada diminui gradativamente, pois agora o adolescente vai parando o crescimento, o desenvolvimento e os hormônios estabilizam-se. Na fase adulta o ser humana necessita apenas manter sua massa corporal, ou seja, deve-se alimentar sem engordar ou emagrecer, apenas manter o peso.Daí por diante, quanto maior for a idade, menor a quantidade de comida necessária, porque o corpo das pessoas mais velhas, além de começarem a constante perda de massa, também tem seu metabolismo (atividade corporal) diminuída. É por isso que idosos precisam comer menos quando comparados com adultos de seu mesmo tamanho.Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, enfoque em Cunicultura.Endereço de contato: Rua Mandaguarí, n°198, ap.401, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.á – PR, 26 de março de 2013Entendido, mas...E os coelhos, o que tem haver com isso? A resposta é TUDO, POIS OCORRE O MESMO COM ELES, mudando apenas alguns detalhes, próprios da espécie. Importante ressaltar que os dados dessa nora referem-se à coelhos de porte médio.A coelha também tem fome na gestação inicial (1° ao 15° primeiros dias), mas essa fome é basicamente a mesma quando ainda não estava prenhe. A fome, na verdade, dobra na segunda metade da gestação (16° até o fim da gestação, que varia entre 28 e 32 dias) e triplica quando amamenta (entre 30 e 45 dias de lactação, com normalidade de 35 dias), até desmamar todos os coelhinhos (entre 30 e 45 dias de idade). Como regra geral, a coelha, do primeiro dia de gestação até a metade dela, deverá receber a mesma quantidade de ração que recebia quando ainda estava “vazia”. Na segunda metade da gestação dobra-se a quantidade de ração, podendo fornecer um pouco de volumoso à elas para aumentar o tamanho do estômago e dos intestinos, pois ela vai precisar comer muito mais quando estiver lactando, período que triplicamos a quantidade de ração até o período da desmama.Cada coelhinho vai mamar, exclusivamente, até os 17 dias de idade. Aos 18, 19, 20 dias, eles começam a sair do ninho e vasculhar o ambiente, no caso, a gaiola. Vasculhando, eles encontram o comedouro da mãe e começam a “beliscar” a ração dela. Esse é o primeiro contato deles com os alimentos sólidos. Quando atingem 30 dias, já estão acostumados a comer ração, de tanto “beliscarem”. Aos 35 dias a coelha não produz ou produz muito pouco leite, forçando os filhotes a comerem, exclusivamente, ração.Cada coelho consumirá aproximadamente 120g de ração por dia entre os 35 e 50 e 150g entre 51 e 70 dias, idade que normalmente são abatidos. A primeira fase (35 aos 50 dias) é comum o aparecimento de diarreias, porque ainda não fabricam todas as enzimas necessárias para a digestão de alimentos sólidos e a mal digestão provoca diarreia, além do estresse de iniciarem uma nova vida sem a mãe.Nessa idade, 35 à 70 dias, são considerados jovens, ainda em período de crescimento...Aí vem a pergunta de muitos cunicultores: por que não esperar mais tempo para abatê-los se ainda podem ganhar mais peso? A resposta está no consumo alimentar. A partir dos 70 dias de vida os coelhos passam a comer mais ração, ganhando menos peso. Na realidade o cunicultor deve fazer os cálculos de quanto ele gastou para que os coelhos consumissem a ração e o quanto irá ganhar pelo peso que eles adquiriram nesse período de tempo, verificando, dessa maneira, qual é o ponto de lucro máximo, ou seja, o dia de vida mais provável que seus coelhos em crescimento têm que estão com o maior peso e o menor dos consumos. Comumente, para a maioria dos acasalamentos, o período encontra-se aos 70 dias e por isso a recomendação do abate aos 70 dias. Além disso, a carne de um animal aos 70 dias é bem mais tenra do que animais de 90 ou 120. Salientando que animais com 90 dias de vida iniciam a fase da puberdade, aumentando a incidência de brigas pela hierarquia animal.Quando os animais completam cinco meses de idade (as coelhas quatro e os coelhos seis), os animais entram em atividade reprodutiva. É comum acasalarmos os animais quando atingem 80% do peso vivo adulto. Importante saber que os animais ainda crescerão 20%, ou seja, as coelhas que serão acasaladas estão em fase reprodutiva E de crescimento, ou seja, necessitam de alimentos com qualidade e quantidade logo na primeira gestação. Já comentou-se sobre a coelha gestante e sua fome, falta ressaltar alguns detalhes. Coelhas que são acasaladas antes de completarem 80% do peso vivo adulto, normalmente, NÃO conseguem dar crias. Quando emprenham ou morrem os filhotes ou morre e mãe. E quando todos sobrevivem, a mãe não produz leite adequadamente, prejudicando o crescimento posterior dos láparos.O coelho com seus cinco, seis meses de idade, deve receber uma quantidade de ração um pouco superior que na sua fase anterior, pois ainda encontra-se na fase de crescimento. Apóe esse período o coelho é considerado um reprodutor e, por isso, seu crescimento é estagnado. Consecutivamente, a quantidade de ração deve ser limitada entre 50 e 80g por dia. No começo o apetite do animal se mantêm o mesmo. Acostumado a comer ração à vontade, os primeiros dias de limitação são os mais difíceis, tanto para o animal, quanto para o tratador. Caso o tratador continue a colocar a mesma quantidade de ração que antes, em pouco tempo o coelho engorda e seus efeitos são: baixa a libido, dificuldade em demostrar o pênis e nos saltos executados, diminui a qualidade do sêmen e o animal fica mais sedentário e apático na gaiola. Alguns tratadores, por outro lado, exageram na redução da ração, causando magreza exagerada, o que resulta em: pouca musculatura aparente, um ou nenhum salto semanal nas fêmeas, movimentos pélvicos diminuídos e pouco intensos, doenças secundárias mais frequentes e distúrbios intestinais e até mentais.As fêmeas podem correr os mesmos riscos que os machos. É fundamental que as fêmeas, além de terem que possuir 80% do seu peso vivo adulto, devam estar com estômago e intestinos mais dilatados (utilizando forragens) e com peso levemente acima (reserva de energia) para aguentar os 15 últimos dias de gestação. Caso os dois últimos requisitos não sejam colocados em prática, as coelhas poderão passar desde dificuldades no parto até mesmo a morte da mãe com seus filhotes.Por fim, toda ração fornecida, que é o conjunto dos alimentos a serem ingeridos, deve possuir uma composição não somente balanceada (com todos os nutrientes requeridos para cada fase de vida dos animais), mas também em quantidade adequada e com qualidade garantida (disponibilidade).

2012

Clique nos meses para acessar as notícias

DEZEMBRO/2012

Clique nas notícias

NOVEMBRO/2012

Clique nas notícias

Pesquisa é iniciada

Pesquisa nacional sobre cunicultura é iniciada

Dezembro/2012

Foi iniciada uma pesquisa geral sobre cunicultura para abate, coordenada pelo cunicultor Edson Ruiz, que elaborou um questionário on-line para preenchimento. Esse questionário pode ser visualizado em http://www.enquetefacil.com/RespWeb/Qn.aspx?EID=1413597

Esse trabalho será fundamental para traçar o diagnóstco da cunicultura nacional. Os rsultados serão publicados no site da ACBC bem como na Revista Brasileira de Cunicultura.

Nova gaiola para PETs

Gaiola para pets é apresentada em evento

Novembro/2012

 

Foi apresentada na Feira Integrada de Produtos Agroindustriais (FIPA) 2012, do IFMG Bambuí,  a gaiola inteligente para coelhos de companhia. Trata-se de um protótipo desenvolvido para coelhos de companhia, visando bem estar e expressão do comportamento natural. A gaiola inteligente apresenta área maior que as gaiolas tradicionais, três diferentes ítens para distração, cano de PVC para esconderijo, bandeja coletora, ninho toca, suporte para guloseimas, suporte para volumosos e plataforma alta. Os responsáveis informaram que a primeira fase do projeto está sendo concluída, havendo o desenvolvimento de dois protótipos diferentes. A segunda fase consistirá de avaliar o comportamento dos animais dentro da gaiola, de forma coletiva e individual. Já na terceira fase, os idealizadores trabalharão formas de baratear e viabilizar o protótipo. Informam ainda que a mesma já está sendo patenteada em nome da instituição.

Cunicltor visita sebrae

CUNICULTOR VISITA SEBRAE

Novembro/2012

No dia 23 de outubro de 2012 o cunicultor Edson Ruiz da Coelhos Araújo foi até a consultoria de agronegócios do SEBRAE de Campinas, SP, e aproveitou para falar sobre cunicultura e os principais desafios na atividade. Para ter acesso a seu relatório, clique aqui.

A ACBC parabeniza o colega pela iniciativa. Para outras informações, pedimos que entrem em contato com o Sr. Edson, através do e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Manual de abate

           A ACBC recuperou e disponibiliza o "Manual de abate - agroindústria de pequeno porte", de autoria de Guenter Riedel e Maria Isabel Roa Bofill, publicado em 1990 pela secretaria de agricultura e produção do Distrito Federal.

           Devido ao grande tamanho, o material necessitou ser dividido. Clique nos links para baixar as partes.

Parte 01 

Parte 02

Parte 03

Parte 04

Parte 05

Parte 06

Parte 07

Parte 08

Parte 09

Parte 10

Parte 11

Parte 12

Parte 13

Parte 14

Parte 15

Parte 16

Parte 17

Parte 18

Parte 19

Parte 20

 

OUTUBRO/2012

Clique nas notícias para acessa-las

Estudante é premiada

Estudante Brasileira é premiada no congresso mundial de cunicultura

Outubro/2012

A estudante de doutorado da Universidade Federal do Ceará, Josy Maria Arruda de Alencar, recebeu o prémio de melhor trabalho apresentado na área de reprodução de coelhos, dentro do 10º congresso mundial de cunicultura, realizado no Egito.

Segundo a doutoranda, o congresso foi excelente. Josy agradece a ACBC e ao cunicultor Edson Ruiz pelo apoio simbólico para a viagem e a Profa. Elizimar Guerreiro por todo incentivo e apoio dado desde a epoca da graduaçao. Clique aqui para ter acesso ao relatório completo da membra Josy Arruda, enviado à ACBC.

Para outras informações, acessem o link: http://www.wrc-2012.com/Docs/Papers/Award-Communications.htm

Manual prático

ACBC lança Manual Prático de Cunicultura

Outubro/2012

A ACBC lançou no dia 11 de Outubro de 2012, o manual prático de cunicultura, composto por 75 páginas, abordando diversos assuntos, dentre eles raças utilizáveis, reprodução, nutrição e alimentação, manejo geral, manejo sanitário, dentre outros. Se optou por utilizar linguagem didática para facilitar a compreensão.

Clique aqui para ter acesso ao manual.