Inspeção técnica em granjas cunículas

 

Por: Bruno Araújo Amorim1, Luiz Carlos Machado2

1Aluno do Curso de Graduação em Zootecnia do IFMG Campus Bambuí

2Zootecnista, professor do IFMG Bambuí

 

Apresentação

Pouca ou quase nenhuma ênfase tem sido dada à consultoria técnica em cunicultura, talvez porque ela quase não exista no Brasil. Há pouquíssimos profissionais dedicados a este tema, incluindo aqui Zootecnistas, Médicos Veterinários, Agrônomos e Técnicos Agrícolas, dentre outras áreas afins. Deve-se chamar atenção que mesmo em regiões onde há maior intensidade de granjas cunículas, não é possível que um técnico de nível médio ou superior, consiga se manter trabalhando somente com esta atividade. Aqueles que realizam a atividade de assistência técnica normalmente são também donos de granjas e não se cobra por essa atividade ou se cobram recebem valores irrisórios. Contudo este assunto é de extrema importância e fundamental para suportar um crescimento cauteloso e sustentável da cunicultura brasileira. Convênios que proporcionem assistência técnica a baixo custo aos produtores são urgentes no Brasil e as instituições de ensino necessitam também militar nesta área da extensão.

Dessa maneira, elaboramos um roteiro de inspeção a ser utilizado pelo técnico em uma visita a uma granja cunícula que produza animais para carne. Nossa intensão futura é também elaborar um roteiro para a cunicultura pet e outro para a venda de matrizes. Este roteiro de inspeção que é sintetizado no anexo I deste documento, servirá de base para que o técnico elabore seu relatório (anexo II), o qual será fundamental para melhoria de todo o sistema de produção. Enfatiza-se aqui a necessidade do cunicultor manter um bom diálogo com o técnico que o atende afim de verificar as melhores medidas a serem implantadas, dentro das condições de cada granja.

A visita

         Sugere-se aqui que a visita do técnico seja, ao início do trabalho, pelo menos mensal. Essa periodicidade pode mudar conforme a evolução da granja ou conforme a necessidade do cunicultor. Sugere-se também que as primeiras visitas sejam mais demoradas e que o técnico permaneça no local por pelo menos um turno. Como o estresse calórico afeta enormemente a produção cunícula, sempre que possível, a visita deverá ser realizada nas horas mais quentes do dia para se avaliar e verificar as melhores soluções.

 

Para baixar o arquivo contendo o anexo I (Modelo para roteiro de inspeção) e o anexo II (modelo para relatório de inspeção) em formato doc., clique aqui