Nota técnica: Ciclo estral das coelhas
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Por: Por: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura. Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR) Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
As coelhas domésticas são quase ausentes de um ciclo estral definido e regular. Possuíam ciclos, com duração de 16 dias, sendo os dois dias iniciais e os dois finais inférteis e os 12 dias restantes passíveis de concepção, mas em sistemas de produção estão constantemente aptas a serem fecundadas.
A partir da puberdade, os dois ovários da coelha apresentam, constantemente, óvulos maduros. Apesar disso, a ovulação na coelha não ocorre de maneira espontânea. Ela somente ovulará quando estiver excitada. Assim, qualquer excitação sexual, seja pelo coito do macho, o cavalgamento por outra fêmea, os estímulos da pipeta para inseminação articial, ou mesmo as carícias constantes em sua garupa, induzem a ovulação nas coelhas.
FIGURA 01 – Fluxograma do ciclo estral de coelhas domésticas (Oryctolagus cunicullus)
– Cio ou Estro: nas atuais coelhas de produção é pouco evidente, mas ainda assim algumas fêmeas guardam seus instintos naturais. Elas ficam mais inquietas, com o dorso levemente arqueado, os posteriores mais elevados e a cauda erguida, tudo isso para expor a vulva. Caso várias fêmeas estejam alojadas numa mesma gaiola, ocorrem montas entre elas, ocasionando a falsa gestação, também conhecida como psdeudogestação.
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QUADRO 01 – Ocorrências do ciclo estral
de coelhas matrizes (O. cuniculus)
Cor da Vulva
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Dias do Ciclo
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Fertilidade
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Fases do Ciclo
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Branca
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0° - 2°
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Remota
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Pró-estro
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Rosa
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3° - 7°
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Fértil
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Pró-estro
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Vermelha
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8° - 9°
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Fértil
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Estro
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Violácea
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10° - 14°
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Fértil
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Atresia
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Branca
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15° - 16°
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Remota
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Atresia
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A coelha, por ter sempre óvulos maduros e ovular mediante estímulos (internos e/ou externos), pode ser acasalada mesmo sem estar receptiva ao coelho, sendo possível a cobrição forçada (ergue-se os posteriores da fêmea para o macho, ao saltar, consiga penetrar o pênis na vagina dela).
Ao incorporar as prostaglandinas no coelhário, o criador obtem melhor controle da reprodução, indução de partos no plantel, encurtando dos possíveis períodos de pseudogestação e, além disso, induzem o cio nas coelhas.
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QUADRO 02 – Comportamento sexual de coelhas matrizes em
relação a coloração da vulva quando apresentadas aos reprodutores
Cor da Vulva
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Fêmeas Avaliadas
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Comportamento sexual na cobertura
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Refuga
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Aceita
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Aceita com lordose
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Branca
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62
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50
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11
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1
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80,50%
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17,70%
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1,60%
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Rosa
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154
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57
|
69
|
28
|
37,00%
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44,80%
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18,20%
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Vermelha
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116
|
3
|
67
|
46
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2,50%
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57,60%
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39,80%
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Violácea
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59
|
40
|
17
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2
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67,80%
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28,80%
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3,40%
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FONTE – Rivista di Coniglicoltura, n°5 (1986), Gonçales, et al.
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