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Produção em baias

Cunicultor trabalha com sistema de baias

Outubro/2013

O cunicultor Edson Zambom, da cidade de Charqueada-SP, trabalha de maneira diferente. Ele cria seus animais em sistemas de baias, totalmente soltos no chão. Edson cita que para esse tipo de criação são necessários muita higiene, um local disponível e conhecimento da vida e hábitos dos coelhos. Cita também que o sistema apresenta várias vantagens e desvantagens. Na próxima edição da RBC, será apresentado panorama de granja com maiores detalhes sobre a criação do Sr. Edson.

 

 

 

 

Curso de elaboração de embutidos

Curso de elaboração de embutidos com carne de coelho

Outubro/2013

Será realizado entre os dias 26 e 29 de novembro, na escola agrotécnica, província de Entre Rios (Argentina), o curso de elaboração de embutidos de carne de coelho. Maiores informações podem ser obtidas pelo e-mailEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. . Clique nos links para acessar o convite bem como a programação.

 

Formação ACBRA

Grupo de Cunicultures discute a formação da ACBRA

Outubro/2013

 

Um grupo de cunicultores, localizados na maioria em São Paulo, vem discutindo sobre a formação da ACBRA, Associação de Cunicultores do Brasil. O grupo vêm discutindo o estatuto bem como as formas de atuação. Está sendo marcada uma reunião em Janeiro/2014, em Ribeirão Preto-SP, para a criação da associação. Para pré-cadastro e participar da assembléia de abertura da Associação de Cunicultores do Brasil, os interessados devem acessar o link: https://docs.google.com/forms/d/1kar9b9lDiBsrQsHfrd-DmKZsalzjlhH7EaducWIJgN4/viewform

ciclo estral 2

Nota técnica: Ciclo estral das coelhas

Para baixar o arquivo em PDF, com fotos, clique aqui.

 

 

Por: Por: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)
Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail:    Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

 

As coelhas domésticas são quase ausentes de um ciclo estral definido e regular. Possuíam ciclos, com duração de 16 dias, sendo os dois dias iniciais e os dois finais inférteis e os 12 dias restantes passíveis de concepção, mas em sistemas de produção estão constantemente aptas a serem fecundadas.

A partir da puberdade, os dois ovários da coelha apresentam, constantemente, óvulos maduros. Apesar disso, a ovulação na coelha não ocorre de maneira espontânea. Ela somente ovulará quando estiver excitada. Assim, qualquer excitação sexual, seja pelo coito do macho, o cavalgamento por outra fêmea, os estímulos da pipeta para inseminação articial, ou mesmo as carícias constantes em sua garupa, induzem a ovulação nas coelhas.

 

FIGURA 01 – Fluxograma do ciclo estral de coelhas domésticas (Oryctolagus cunicullus)

 

 

 

– Cio ou Estro: nas atuais coelhas de produção é pouco evidente, mas ainda assim algumas fêmeas guardam seus instintos naturais. Elas ficam mais inquietas, com o dorso levemente arqueado, os posteriores mais elevados e a cauda erguida, tudo isso para expor a vulva. Caso várias fêmeas estejam alojadas numa mesma gaiola, ocorrem montas entre elas, ocasionando a falsa gestação, também conhecida como psdeudogestação.

 

 


QUADRO 01 – Ocorrências do ciclo estral

de  coelhas matrizes (O. cuniculus)

Cor da Vulva

Dias do Ciclo

Fertilidade

Fases do Ciclo

Branca

0° - 2°

Remota

Pró-estro

Rosa

3° - 7°

Fértil

Pró-estro

Vermelha

8° - 9°

Fértil

Estro

Violácea

10° - 14°

Fértil

Atresia

Branca

15° - 16°

Remota

Atresia

 

A coelha, por ter sempre óvulos maduros e ovular mediante estímulos (internos e/ou externos), pode ser acasalada mesmo sem estar receptiva ao coelho, sendo possível a cobrição forçada (ergue-se os posteriores da fêmea para o macho, ao saltar, consiga penetrar o pênis na vagina dela).

Ao incorporar as prostaglandinas no coelhário, o criador obtem melhor controle da reprodução, indução de partos no plantel, encurtando dos possíveis períodos de pseudogestação e, além disso, induzem o cio nas coelhas.

 

 

QUADRO 02 – Comportamento sexual de coelhas matrizes em

relação a coloração da vulva quando apresentadas aos reprodutores

Cor da Vulva

Fêmeas Avaliadas

Comportamento sexual na cobertura

Refuga

Aceita

Aceita com lordose

Branca

62

50

11

1

80,50%

17,70%

1,60%

Rosa

154

57

69

28

37,00%

44,80%

18,20%

Vermelha

116

3

67

46

2,50%

57,60%

39,80%

Violácea

59

40

17

2

67,80%

28,80%

3,40%

 

FONTE – Rivista di Coniglicoltura, n°5 (1986), Gonçales, et al.

Transporte 2

Nota Técnica: Transporte de coelhos aos frigoríficos

Para baixar essa nota técnica em PDF, clique aqui.  

 

Por: Por: 1) Yuri De Gennaro Jaruche - Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)
Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail:    Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

2) Luiz Carlos Machado - Professor do IFMG Bambuí,Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

3) Marcos ferreira Kac - Médico Veterinário, Coelho real,Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

Essa nota técnica visa responder as principais dúvidas que surgem no momento do envio dos coelhos para abate e qual o melhor peso para engorda.

Os consumidores brasileiros exigem qual tipo de carcaça de coelhos?

Ainda que as exigências dos consumidores brasileiros variem quanto ao peso da carcaça dos coelhos, a maioria busca carcaças mais pesadas, entre 2,0 e 2,5 kg ao invés dos 1,6 e 1,9Kg. Obrasileiro prefere carcaças maiores por causa dos rendimentos, porém, dão preferência aos cortes comerciais por diminuírem o tempo empreendido no cozinhar e direcionar melhor os pratos.

 

Os frigoríficos pedem quanto de peso vivo dos coelhos?

Os frigoríficos preferem animais mais pesados, conforme as exigências de mercado, com pesos entre 2,7 e 2,9Kg. Eles argumentam que é necessário 30 dias de gestação da coelha, mais 70 dias de engorda para que os coelhos de abate cheguem próximo à 2,3Kg. Duas semanas a mais, eles chegam entre 2,7 e 2,9Kg, ou seja, 400–600g de diferença, algo em torno de R$2,00–2,50/coelho a mais. Ainda que os coelhos consigam comer quase o mesmo valor em ração, os frigoríficos atestam quanto mais valor arrecadado no final do produto, mais os custos são diluídos. A exemplo, ganhando-se R$13,00 em um coelho ou R$15,00 no mesmo animal, mesmo que ele coma quase os R$ 2,00 da diferença, o cunicultor receberá mais por diluir melhor seus custos fixos.

 

As pesquisas indicam qual peso que os coelhos deveriam ter para máximo lucro do cunicultor?

Conforme a curva de crescimento dos coelhos, quando estes chegam próximo a 2,5kg, para ganharem mais peso, irão consumir mais ração e ganhar menos peso. As pesquisas afirmam que a conversão alimentar desses animais não é vantajosa para os cunicultores. Os experimentos propõem 2,00-2,3Kg de peso vivo porque está próximo ao ponto de máximo da curva. Em outras palavras, a partir de 2,3Kg aos 70 dias, o coelho come mais e engorda menos. Além disso, uma carcaça de coelho aos 90 dias de idade possui mais gordura, diferindo do que o consumidor brasileiro procura ao comprar carne de coelho. O mercado acaba regulando essas exigências. Os pesquisadores acreditam que o peso ideal, associando custos e benefícios, esteja próximo a 2,5kg.

 

Antes do transporte dos coelhos, quais as recomendações que devem ser seguidas?

Ø  Água: Os animais devem ter ingerido bastante água para não sofrerem com a sede e diminuir a possibilidade de morte por desidratação no trajeto;

Ø  Jejum: Cumprimento de 10 horas de jejum pré-abate, sendo que o tempo durante o transporte conta. Por exemplo, caso viaje apenas uma hora, precisa cumprir seis horas de jejum na propriedade e mais três horas de descanso no frigorífico antes de serem abatidos. Esse jejum é para deixar o trato digestivo o mais vazio possível, para quando executar a evisceração, diminuir o risco de romper o estômago ou os intestinos e contaminar a carcaça com bolo alimentar ou fezes, o que é passível de condenação parcial ou total da carcaça, conforme nível de contaminação;

Ø  Atestados: A exigência para exportação é exigida para todos os animais recebidos devem vir com um atestado sanitário, dizendo que além de estarem sadios e não terem tomado nenhuma medicação dentro do período de carência de cada um, ainda cumpriram o jejum pré-abate;

Ø  Gaiolas: As gaiolas de transporte devem estar em acordo com as necessidades dos coelhos, dando preferência às gaiolas convencionais de transporte de aves (por serem de plástico são fáceis de serem lavadas com água, sabão e desinfetantes, o piso inteiriço não machuca as patas dos animais e possibilita colocar um grande número de animais), apesar de poder usar as próprias gaiolas de ferro ou caixas de madeira;

Ø  Contenção: Não se deve segurar os animais na pele do dorso para evitar que as carcaças fiquem marcadas pelo rompimento dos pequenos vasos sanguíneos. Devem ser contidos conforme recomendação técnica e sempre de forma calma, tranquila e com segurança;

Ø  Horário: As melhores horas são no início da manhã ou no final da tarde, pois nesses horários a intensidade de radiação solar está bem mais amena. Os horários entre 11:00hs e 15:00hs estão consagrados com grande intensidade solar, prejudicando a troca de calor dos animais com o ambiente, predispondo os animais à morte súbita por excesso de calor;

Ø  Tempo: Preferível levar os animais fora das épocas de chuva para não prejudicar os animais.

Além do frete, quais as outras preocupações ao transportar os coelhos?

O cunicultor deve-se preocupar em conhecer o caminhoneiro, seu caminhão e o valor do transporte (este deve ser combinado antes). É necessário expedir o guia de transporte animal (GTA) e possuir as caixas para transporte. Importante salientar que alguns estados cobram impostos para abater coelhos, a exemplo do Estado de Minas Gerais (MG).

O máximo de coelhos que podem ser colocados numa mesma gaiola seria quanto?

Doze coelhos em distancias curtas, dez em distância mais longas e nove ou oito em longas distâncias. Pede-se, em todos esses casos, prudência e bom censo de cada cunicultor.

As gaiolas de transporte, os cunicultores devem adquirir ou o frigorífico disponibiliza?

São de responsabilidade dos cunicultores. Caso os frigoríficos emprestassem, o custo de abate seria ainda maior e seria muito difícil atentar-se à planilha de devoluções.

O principal meio de transporte e veicular para levarem os coelhos, quais seriam?

O transporte rodoviário feito por caminhões ainda é o principal meio de transporte para levarem coelhos até os frigoríficos, assim como ocorre com a maioria das outras criações.

 

Os caminhoneiros cobram quanto e de que forma?

Os caminhoneiros cobram entre R$1,00 e R$1,50 o quilometro rodado, ida e volta, mesmo que retornem vazios. Alguns caminhoneiros cobram valor fechado, ou seja, o valor da ida é o mesmo valor da volta, enquanto outros cobram valor aberto, um preço maior na ida e menor na volta, mas, de uma maneira geral, são equivalentes. É recomendado que o cunicultor procure os caminhoneiros de sua cidade e verifique outras possibilidades. 

Para compensar o transporte, qual o número mínimo de coelhos a serem abatidos?

É fundamental que se envie pelo menos um coelho para cada quilometro rodado, considerando o trajeto de ida e volta, porque cerca de 10% do valor recebido será destinado para pagar o transporte. 

Existe uma carga máxima de gaiolas a serem empilhadas uma acima da outra? 

Não, mas recomenda-se prudência, pois dependendo da velocidade nas curvaturas é capaz das grandes pilhas seguirem a tangente. O transporte deve ser feito principalmente à noite, por ser horário de menor temperatura ambiente. 

 

Existe um espaçamento mínimo entre as gaiolas de transporte?

Ao transportar três fileiras de caixas deve haver um espaçamento entre 10 e 15cm entre elas, para ventilar as caixas da fileira central, da mesma forma que fazem com frangos. O ideal é parar o caminhão o mínimo possível, para não parar a ventilação. Ao transportas apenas duas fileiras, não há necessidade. 

Deve-se proteger as gaiolas com algum tipo de cobertura?

Não se encobre com lona nem nada do gênero. Quando se chove, são transportados assim mesmo, sem problemas, pois os pelos dos animais além da alta densidade, possuem certa oleosidade que dificulta a penetração das gotas de chuva à pele. Ao chegarem no abatedouro são rapidamente transportados e abatidos.

 

Os animais podem ser levados soltos na caçamba de um carro com carroceria ou caminhoneta?

Caso opine por viajar com os coelhos soltos, há necessidade de colocar divisórias. Com 60 coelhos soltos na caçamba, por exemplo, dividir pelo menos em quatro partes, sendo que cada parte irá ter quinze coelhos, senão, conforme o carro ou caminhoneta for movimentando-se e frenando, todos os animais irão sendo empurrados para frente. Instintivamente, eles procurando buracos, acabam embaixo uns dos outros, podendo morrer sufocados.

 

Quando o caminhão chega ao frigorífico, qual o procedimento adotado com relação aos coelhos?

Primeiro são realocados nas caixas do frigorífico, pesados na frente da pessoa que está levando (responsável pelos animais) e ela sai com um recibo do peso e do valor que será depositado. Depois os animais vão para a sala de abate, onde devem cumprir pelo menos três horas de descanso para serem abatidos. Nessa troca de caixa, observa-se os animais para verificar algum morto ou muito debilitado. Os mortos vão para necropsia e depois para o forno crematório. Os muito debilitados não são comprados, ou manda-se de volta ou sacrifica-os. Por fim a inspeção, propriamente dita, é feita na hora da insensibilização e pendura.

O prejuízo sobre a taxa de mortalidade recai sobre quem?

Ainda que o cunicultor assuma o prejuízo sobre a mortalidade de coelhos no transporte, a sua taxa é mínima. A taxa de mortalidade é de um ou dois animais a cada mil animais transportados (0,1 a 0,2%), mesmo vindo 10, 11 ou 12 animais por caixa.

 

Os coelhos perdem quanto de peso ao serem transportados?

Deve-se chamar atenção ao fato de que todos os animais perdem peso durante uma viagem, seja ela curta ou longa. Essa perda de peso fica entre: 3 e 5% em viagens com menos de 400Km; 6 e 7% em viagens próxima à 500-600km; 8 e 9% quando for percorrido 700-900Km; 10 e 11% nas distâncias de 1000-1100km ou 12 e 13% em viagens de 1.200km. Essa perda de peso deve ser considerada pelo cunicultor, pois os frigoríficos pagam pelo peso vivo e quanto maior for a perda de peso, menor é o valor pago. São apenas estimativas que variam conforme o tipo de transporte, condições climáticas e tempo, entre outros.

Cliclo estral

Nota Técnica – Nota Técnica – Ciclo estral das coelhas
Para baixar o arquivo original com fotos, 

Por: Por: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)
Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail:   Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

As coelhas domésticas são quase ausentes de um ciclo estral definido e regular. Possuíam ciclos, com duração de 16 dias, sendo os dois dias iniciais e os dois finais inférteis e os 12 dias restantes passíveis de concepção, mas em sistemas de produção estão constantemente aptas a serem fecundadas.

A partir da puberdade, os dois ovários da coelha apresentam, constantemente, óvulos maduros. Apesar disso, a ovulação na coelha não ocorre de maneira espontânea. Ela somente ovulará quando estiver excitada. Assim, qualquer excitação sexual, seja pelo coito do macho, o cavalgamento por outra fêmea, os estímulos da pipeta para inseminação articial, ou mesmo as carícias constantes em sua garupa, induzem a ovulação nas coelhas.

 

FIGURA 01 – Fluxograma do ciclo estral de coelhas domésticas (Oryctolagus cunicullus)

 

– Cio ou Estro: nas atuais coelhas de produção é pouco evidente, mas ainda assim algumas fêmeas guardam seus instintos naturais. Elas ficam mais inquietas, com o dorso levemente arqueado, os posteriores mais elevados e a cauda erguida, tudo isso para expor a vulva. Caso várias fêmeas estejam alojadas numa mesma gaiola, ocorrem montas entre elas, ocasionando a falsa gestação, também conhecida como psdeudogestação.

 

 


                                                                                                        QUADRO 01 – Ocorrências do ciclo estral

                                                                                                               de  coelhas matrizes (O. cuniculus)

Cor da Vulva

Dias do Ciclo

Fertilidade

Fases do Ciclo

Branca

0° - 2°

Remota

Pró-estro

Rosa

3° - 7°

Fértil

Pró-estro

Vermelha

8° - 9°

Fértil

Estro

Violácea

10° - 14°

Fértil

Atresia

Branca

15° - 16°

Remota

Atresia

     A coelha, por ter sempre óvulos maduros e ovular mediante estímulos (internos e/ou externos), pode ser acasalada mesmo sem estar receptiva ao coelho, sendo possível a cobrição forçada (ergue-se os posteriores da fêmea para o macho, ao saltar, consiga penetrar o pênis na vagina dela). 

     Ao incorporar as prostaglandinas no coelhário, o criador obtem melhor controle da reprodução, indução de partos no plantel, encurtando dos possíveis períodos de pseudogestação e, além disso, induzem o cio nas coelhas.

 

 

    QUADRO 02 – Comportamento sexual de coelhas matrizes em

relação a coloração da vulva quando apresentadas aos reprodutores

Cor da Vulva

Fêmeas Avaliadas

Comportamento sexual na cobertura

Refuga

Aceita

Aceita com lordose

Branca

62

50

11

1

80,50%

17,70%

1,60%

Rosa

154

57

69

28

37,00%

44,80%

18,20%

Vermelha

116

3

67

46

2,50%

57,60%

39,80%

Violácea

59

40

17

2

67,80%

28,80%

3,40%

FONTE – Rivista di Coniglicoltura, n°5 (1986), Gonçales, et al.

Transporte de coelhos

Nota Técnica – Transporte de coelhos aos frigoríficos
Para baixar o arquivo original com fotos, clique aqui.

 

Por: Por: 1) Yuri De Gennaro Jaruche - Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)
Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail:   Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

2) Luiz Carlos Machado - Professor do IFMG Bambuí, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

3) Marcos ferreira Kac - Médico Veterinário, Coelho real, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

Essa nota técnica visa responder as principais dúvidas que surgem no momento do envio dos coelhos para abate e qual o melhor peso para engorda.

 

Os consumidores brasileiros exigem qual tipo de carcaça de coelhos?

Ainda que as exigências dos consumidores brasileiros variem quanto ao peso da carcaça dos coelhos, a maioria busca carcaças mais pesadas, entre 2,0 e 2,5 kg ao invés dos 1,6 e 1,9Kg. O brasileiro prefere carcaças maiores por causa dos rendimentos, porém, dão preferência aos cortes comerciais por diminuírem o tempo empreendido no cozinhar e direcionar melhor os pratos.

 

Os frigoríficos pedem quanto de peso vivo dos coelhos?

Os frigoríficos preferem animais mais pesados, conforme as exigências de mercado, com pesos entre 2,7 e 2,9Kg. Eles argumentam que é necessário 30 dias de gestação da coelha, mais 70 dias de engorda para que os coelhos de abate cheguem próximo à 2,3Kg. Duas semanas a mais, eles chegam entre 2,7 e 2,9Kg, ou seja, 400–600g de diferença, algo em torno de R$2,00–2,50/coelho a mais. Ainda que os coelhos consigam comer quase o mesmo valor em ração, os frigoríficos atestam quanto mais valor arrecadado no final do produto, mais os custos são diluídos. A exemplo, ganhando-se R$13,00 em um coelho ou R$15,00 no mesmo animal, mesmo que ele coma quase os R$ 2,00 da diferença, o cunicultor receberá mais por diluir melhor seus custos fixos.

 

As pesquisas indicam qual peso que os coelhos deveriam ter para máximo lucro do cunicultor?

Conforme a curva de crescimento dos coelhos, quando estes chegam próximo a 2,5kg, para ganharem mais peso, irão consumir mais ração e ganhar menos peso. As pesquisas afirmam que a conversão alimentar desses animais não é vantajosa para os cunicultores. Os experimentos propõem 2,00-2,3Kg de peso vivo porque está próximo ao ponto de máximo da curva. Em outras palavras, a partir de 2,3Kg aos 70 dias, o coelho come mais e engorda menos. Além disso, uma carcaça de coelho aos 90 dias de idade possui mais gordura, diferindo do que o consumidor brasileiro procura ao comprar carne de coelho. O mercado acaba regulando essas exigências. Os pesquisadores acreditam que o peso ideal, associando custos e benefícios, esteja próximo a 2,5kg. 

 

Antes do transporte dos coelhos, quais as recomendações que devem ser seguidas?

Ø  Água: Os animais devem ter ingerido bastante água para não sofrerem com a sede e diminuir a possibilidade de morte por desidratação no trajeto;

Ø  Jejum: Cumprimento de 10 horas de jejum pré-abate, sendo que o tempo durante o transporte conta. Por exemplo, caso viaje apenas uma hora, precisa cumprir seis horas de jejum na propriedade e mais três horas de descanso no frigorífico antes de serem abatidos. Esse jejum é para deixar o trato digestivo o mais vazio possível, para quando executar a evisceração, diminuir o risco de romper o estômago ou os intestinos e contaminar a carcaça com bolo alimentar ou fezes, o que é passível de condenação parcial ou total da carcaça, conforme nível de contaminação;

Ø  Atestados: A exigência para exportação é exigida para todos os animais recebidos devem vir com um atestado sanitário, dizendo que além de estarem sadios e não terem tomado nenhuma medicação dentro do período de carência de cada um, ainda cumpriram o jejum pré-abate;

Ø  Gaiolas: As gaiolas de transporte devem estar em acordo com as necessidades dos coelhos, dando preferência às gaiolas convencionais de transporte de aves (por serem de plástico são fáceis de serem lavadas com água, sabão e desinfetantes, o piso inteiriço não machuca as patas dos animais e possibilita colocar um grande número de animais), apesar de poder usar as próprias gaiolas de ferro ou caixas de madeira;

Ø  Contenção: Não se deve segurar os animais na pele do dorso para evitar que as carcaças fiquem marcadas pelo rompimento dos pequenos vasos sanguíneos. Devem ser contidos conforme recomendação técnica e sempre de forma calma, tranquila e com segurança;

Ø  Horário: As melhores horas são no início da manhã ou no final da tarde, pois nesses horários a intensidade de radiação solar está bem mais amena. Os horários entre 11:00hs e 15:00hs estão consagrados com grande intensidade solar, prejudicando a troca de calor dos animais com o ambiente, predispondo os animais à morte súbita por excesso de calor;

Ø  Tempo: Preferível levar os animais fora das épocas de chuva para não prejudicar os animais.

                                         

Além do frete, quais as outras preocupações ao transportar os coelhos?

O cunicultor deve-se preocupar em conhecer o caminhoneiro, seu caminhão e o valor do transporte (este deve ser combinado antes). É necessário expedir o guia de transporte animal (GTA) e possuir as caixas para transporte. Importante salientar que alguns estados cobram impostos para abater coelhos, a exemplo do Estado de Minas Gerais (MG).

 

O máximo de coelhos que podem ser colocados numa mesma gaiola seria quanto?

Doze coelhos em distancias curtas, dez em distância mais longas e nove ou oito em longas distâncias. Pede-se, em todos esses casos, prudência e bom censo de cada cunicultor.

 

As gaiolas de transporte, os cunicultores devem adquirir ou o frigorífico disponibiliza?

São de responsabilidade dos cunicultores. Caso os frigoríficos emprestassem, o custo de abate seria ainda maior e seria muito difícil atentar-se à planilha de devoluções.

O principal meio de transporte e veicular para levarem os coelhos, quais seriam?

O transporte rodoviário feito por caminhões ainda é o principal meio de transporte para levarem coelhos até os frigoríficos, assim como ocorre com a maioria das outras criações.

 

Os caminhoneiros cobram quanto e de que forma?

Os caminhoneiros cobram entre R$1,00 e R$1,50 o quilometro rodado, ida e volta, mesmo que retornem vazios. Alguns caminhoneiros cobram valor fechado, ou seja, o valor da ida é o mesmo valor da volta, enquanto outros cobram valor aberto, um preço maior na ida e menor na volta, mas, de uma maneira geral, são equivalentes. É recomendado que o cunicultor procure os caminhoneiros de sua cidade e verifique outras possibilidades.

 

Para compensar o transporte, qual o número mínimo de coelhos a serem abatidos? 

É fundamental que se envie pelo menos um coelho para cada quilometro rodado, considerando o trajeto de ida e volta, porque cerca de 10% do valor recebido será destinado para pagar o transporte.

 

 

Existe uma carga máxima de gaiolas a serem empilhadas uma acima da outra?

Não, mas recomenda-se prudência, pois dependendo da velocidade nas curvaturas é capaz das grandes pilhas seguirem a tangente. O transporte deve ser feito principalmente à noite, por ser horário de menor temperatura ambiente.

 

Existe um espaçamento mínimo entre as gaiolas de transporte?

Ao transportar três fileiras de caixas deve haver um espaçamento entre 10 e 15cm entre elas, para ventilar as caixas da fileira central, da mesma forma que fazem com frangos. O ideal é parar o caminhão o mínimo possível, para não parar a ventilação. Ao transportas apenas duas fileiras, não há necessidade.

 

Deve-se proteger as gaiolas com algum tipo de cobertura?

Não se encobre com lona nem nada do gênero. Quando se chove, são transportados assim mesmo, sem problemas, pois os pelos dos animais além da alta densidade, possuem certa oleosidade que dificulta a penetração das gotas de chuva à pele. Ao chegarem no abatedouro são rapidamente transportados e abatidos.

 

Os animais podem ser levados soltos na caçamba de um carro com carroceria ou caminhoneta?

Caso opine por viajar com os coelhos soltos, há necessidade de colocar divisórias. Com 60 coelhos soltos na caçamba, por exemplo, dividir pelo menos em quatro partes, sendo que cada parte irá ter quinze coelhos, senão, conforme o carro ou caminhoneta for movimentando-se e frenando, todos os animais irão sendo empurrados para frente. Instintivamente, eles procurando buracos, acabam embaixo uns dos outros, podendo morrer sufocados.

 

Quando o caminhão chega ao frigorífico, qual o procedimento adotado com relação aos coelhos?

Primeiro são realocados nas caixas do frigorífico, pesados na frente da pessoa que está levando (responsável pelos animais) e ela sai com um recibo do peso e do valor que será depositado. Depois os animais vão para a sala de abate, onde devem cumprir pelo menos três horas de descanso para serem abatidos. Nessa troca de caixa, observa-se os animais para verificar algum morto ou muito debilitado. Os mortos vão para necropsia e depois para o forno crematório. Os muito debilitados não são comprados, ou manda-se de volta ou sacrifica-os. Por fim a inspeção, propriamente dita, é feita na hora da insensibilização e pendura.

 

O prejuízo sobre a taxa de mortalidade recai sobre quem?

Ainda que o cunicultor assuma o prejuízo sobre a mortalidade de coelhos no transporte, a sua taxa é mínima. A taxa de mortalidade é de um ou dois animais a cada mil animais transportados (0,1 a 0,2%), mesmo vindo 10, 11 ou 12 animais por caixa.

 

Os coelhos perdem quanto de peso ao serem transportados?

Deve-se chamar atenção ao fato de que todos os animais perdem peso durante uma viagem, seja ela curta ou longa. Essa perda de peso fica entre: 3 e 5% em viagens com menos de 400Km; 6 e 7% em viagens próxima à 500-600km; 8 e 9% quando for percorrido 700-900Km; 10 e 11% nas distâncias de 1000-1100km ou 12 e 13% em viagens de 1.200km. Essa perda de peso deve ser considerada pelo cunicultor, pois os frigoríficos pagam pelo peso vivo e quanto maior for a perda de peso, menor é o valor pago. São apenas estimativas que variam conforme o tipo de transporte, condições climáticas e tempo, entre outros.

 

 

Frigorifico Santana

Frigorífico Santana recebe coelhos para abate

Julho/2013

A ACBC informa que o FRIGORÍFICO SANTANA,  sediado no sul  do estado de Minas Gerais,  está comprando coelhos para abate. Os responsáveis informam que o frigorífico não dispõe de logística para coleta de animais e os interessados que se dispuserem a colocar seus animais  (qualquer quantidade)  no abatedouro poderão contatar a empresa. Os responsáveis informam ainda que os detalhes da negociação serão estabelecidos no momento da compra, pois que os preços podem variar,  entretanto adiantam que o preço a ser pago  obedecerá sempre  o praticado  no mercado.

Viena Carnas

Viena Carnes cadastra novos fornecedores

Setembro/2013

 

A empresa Viena carnes, situada na região de Sabará-MG, informa que está cadastrando novos fornecedores de coelhos. Caso haja interesse de do cunicultor, o cadastro deve ser enviado paraEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. . Para baixar a ficha de cadastro, clique aqui. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail.

Congresso mexicano

Congresso de cunicultura no méxico

Setembro/2013

 

Será realizado no México, entre os dias 17 e 19 de outubro de 2013, o XI encontro mexicano de cunicultura. para maiores informações sobre o evento, baixe ocartaz ou a programação. A ACBC parabeniza os colegas mexicanos pelo evento.

Pirâmide etária

Nova pirâmide etária brasileira e carne de coelho

Setembro/2013

 

A análise da nova pirâmide etária brasileira é de extrema importância para o fututo da produção de carne de coelhos no Brasil. Pela análise da pirâmide ao longo dos anos, se percebe que a população está envelhecendo. A partir do senso realizado em 2010 se percebeu que mais de 6% dos brasileiros são idosos. Considerando que a população está cada dia mais preocupada com a qualidade dos alimentos, principalmente os de origem animal, e que a carne de coelhos apresenta características ideais (baixos teores de gordura e colesterol e proteína de alta qualidade nutricional) para essa parcela da população, é fundamental que a carne deste animal seja disponibilizada para os brasileiros nos próximos anos.

Curso sobre cunicultura

Curso sobre Cunicultura

Setembro/2013

Cunicultores da Granja Bela Vista, situada em Campo Limpo Paulista, informam que estão promovendo novo curso de cunicultura. para maiores informações, acesse o site www.coelhos.com.br ou clique aqui para ver o cartaz.

Feira de coelhos

Feira de coelhos movimenta a EXPOINTER/2013

Setembro/2013

Entre os dias 24/08 a 01/09 foi realizada a EXPOINTER/2013 a maior feira agropecuária da américa latina, havendo exposição de equipamentos e animais das diversas espécies. Na exposição de coelhos, são cerca de 500 animais distribuídos em mais de 30 raças. Há um julgamento onde são apontados os melhores animais de cada raça. Para acessar as informações sobre os grandes campeões, clique aqui.

 

 

 

 

4ª edição da RBC

Publicada a 4ª edição da Revista Brasileira de Cunicultura

Setembro/2013

A 4ª edição da RBC já está disponível no site: www.rbc.acbc.org.br. nesta edição foram publicados vários trabalhos de interesse geral da cunicultura brasileira, divididos em diversas áreas. A próxima edição da RBC será publicada em abril/2014 e os interessados já podem enviar material para avaliação.