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Estágio julgamento

Oportunidade para estágiar no julgamento de coelhos

Julho/2012

 

A ACBC informa que haverá vagas para auxiliar no julgamento de coelhos durante a EXPOINTER 2012. Os interessados devem enviar email para o prof. Walter Motta Ferreira, julgador do evento, para maiores informações, pelo email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

coelhos1 As despesas de alojamento, transporte e alimentação ocorrerão por parte dos interessados.

A EXPOINTER congrega a maior exposição de coelhos no Brasil, sendo cerca de 500 animais, abrangendo mais de 30 raças e é uma excelente oportunidade para maior aprofundamento no estudos das raças.

 

Pelagem e classificação

Nota Técnica – Classificação dos coelhos quanto à pelagem

Para baixar o arquivo original com fotos clique aqui.

 

yuriPor: Por: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)
Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

            

 

             Podemos classificar as diferentes raças de coelhos segundo diversos critérios anatômicos e/ou morfológicos, tais como tamanho das orelhas (grande, média ou pequena), inserção delas no corpo (eretas em U, eretas em V, pendentes ou caídas), pigmentação dos olhos (pigmentados ou despigmentados), papadas (simples, dupla, tríplice, papada de avental, papada lateral, botão de macho), entre muitíssimas outras. Porém, existem algumas classificações consideradas principais, pois consideram aspectos econômicos importantes. São quatro as principais: pelagem, comprimento dos pelos, porte físico e aptidão.

             Essa nota técnica, especificamente, tratará da pelagem, a qual está dividida em três categorias básicas de coloração: monocolores, malhados e cutias. É de extrema importância conhecer alguns termos. Por exemplo, “pelagem” ou “casaco” é o conjunto de pelo, subpelo e pele, enquanto “coloração” ou “cor” referem-se à pigmentação da pelagem e o “tipo de pelagem” seria um padrão específico da coloração/cor. Abaixo são explicados cada categoria com exemplos e a forma correta de falar sobre a pelagem dos coelhos.

A) Colorações/Cores puras, uniformes ou apenas monocolor: quando os pelos e os sub-pelos possuem cores lisas, ou seja, por toda a extensão do animal a tonalidade é idêntica, sem a interferência de tons ou sobretons. Como exemplos as cores azuis, brancas, laranjas, pretas, vermelhas, etc.

Fotos no arquivo em PDF

            Para as pessoas que gostam dos mínimos detalhes podem acrescentar as palavras puro(s), uniforme ou monocolor após se referirem às cores. Por exemplo, podemos nos referir a um coelho Angorá branco uniforme, ou Angorá branco ou Angorá de coloração branca ou Angorá de coloração branca uniforme, etc.

OBS 1. Albinos são diferentes de brancos! Todo coelho albino é branco, mas nem todo coelho branco é albino, pois para ser albino o coelho não pode possuir pigmentação na pele, nos pelos, nos olhos, nas unhas ou nas mucosas. Um coelho branco tem pigmentação na pele ou nos olhos ou nas unhas, mas não no pelo.

OBS 2. Olho azul não é por falta de pigmentação! Diferente de nós humanos, quando o coelho possui os olhos azuis é porque possui pigmentação azul, enquanto os olhos vermelhos são despigmentados. Isso ocorre porque nos coelhos os vasos sanguíneos oculares estão muito próximos às suas córneas. Quando os olhos são pigmentados apenas refletem a cor, mas quando os olhos são despigmentados os vasos sanguíneos são refletidos e a cor vermelha do sangue aparenta-se. Sendo assim, coelhos de olhos vermelhos possuem olhos despigmentados e coelhos de olhos azuis possuem olhos pigmentados de azul.

OBS 3. Cor das unhas e dos olhos normalmente acompanham o casaco do animal! Coelho com casaco preto normalmente possui olhos e unhas de cores pretas também. Animal de casaco azul tem olhos e unhas de cores azuis. Casaco branco com olhos claros ou vermelhos e unhas transparentes.

B) Malhados: quando os pelos e os sub-pelos possuem duas ou três cores, ou seja, por toda a extensão do animal as cores não são idênticas, porém não há interferência de tons entre pelos e subpelos adjacentes.

Fotos no arquivo em PDF

                    Os dois primeiros coelhos são malhados bicolores. A cor predominante em cada um é a branca, sendo assim, o mais recomendável é chamá-los de coelhos branco e caramelo ou branco e preto. Caso a outra cor fosse predominante chamaríamos de caramelo e branco ou preto e branco. Lembrando que não é necessário adicionar a palavra “bicolor”, pois seria redundância, mas para os que gostam dos mínimos detalhes, não há problema. O terceiro coelho é um tricolor e, por isso, não se costuma pronunciar suas cores, pois sejam quais forem são categorizados como pelagens de menor valor econômico.

                     A última imagem representa uma categoria de coelhos malhados bicolores, porém, como apresentam uma padronagem bicolor específica são do “tipo holandês”. O padrão holandês é um padrão igual da raça de mesmo nome. São bicolores sendo a cor dianteira obrigatoriamente branca e outra qualquer outra. Existem coelhos do tipo holandês, mas de raça não Holandês! Então observe, todo coelho Holandês tem o mesmo padrão de pelagem, sendo todos do tipo holandês, mas existe o tipo holandês em coelhos que não sejam da raça Holandês. Sendo assim, como todo tipo holandês possui a cor branca definida nos anteriores, não se pronuncia branco e preto ou branco e castanho, mas apenas tipo holandês preto ou castanho, etc. Abaixo estão listados alguns outros tipos de pelagens advindos dos padrões de outras raças.

  • Hotot: A cor é sempre branca e um contorno preto bem definido delineando os olhos. O padrão é com as orelhas brancas. Quando houver qualquer outra parte preta deve-se acrescentar essa parte na escrita.
  • Siamês: orelhas, focinho, patas e cauda mais escuros. Os siameses mais claros são chamados de “POINT” como os sable point (areia) e o pearl point (pérola). Os mais famosos siameses são os “pointed white”, possuindo a pelagem branca com as extremidades negras. Esses pontos também escurecem com a idade e com o clima frio. O coelho Himalaio possui o tipo himalaio, que são as extremidades de cores negras, enquanto a raça Califórnia possui pelagem do tipo himalaio, porém quando expostos em temperaturas baixas as extremidades pretas escurecem e em temperaturas elevadas elas clareiam.
  • Tan: marcação mais clara (normalmente prata) que ocorre na barriga, inferior da cauda, interiores das pernas, topos dos pés, peito, dentro das orelhas, círculos em torno dos olhos e interior das narinas. A raça negro e fogo é de um tipo específico de tan com os pontos laranjas e a coloração restante preta.
  • Arlequim: possuem cores listradas pelo corpo, sendo que a metade da direita possui a cor inversa da metade esquerda. A raça Japonês possui a pelagem arlequim, porém sendo sempre da cor preta e amarela, um tipo específico chamado de japonês.

 

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C) Cutia: quando os pelos e os sub-pelos possuem três ou mais cores por toda a extensão do animal, sendo que as cores não são idênticas e há interferência de tons entre pelos e subpelos adjacentes, ou seja, as faixas de cores em cada haste pilosa resultam em uma cor mesclada no casaco.

  • Marcação muito leve tipo marten: mais claro na barriga, inferior da cauda, interiores das pernas, topos dos pés, peito, dentro das orelhas, círculos em torno dos olhos e interior das narinas. Os pretos-cutia são chamados de CASTOR (chesnut), azul-cutia é OPALA (opal), chocolate-cutia é chamado de CANELA (cinnamon), laranja é GOLDEN FAWN e os cinzas mesclados são chamados de GRIS.
  • Sombreados na Cutia: do castor temos a CHINCHILA, do opala temos o ESQUILO (squirrel), do canela temos o CHOCOLATE-CHINCHILA.                                    Agradecimentos: www.viladoscoelhos.com.br

 

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Junho/2012

Clique nas notícias

Carne é servida

Carne de coelho é servida em programa de entrevista

Julho/2012

 

O cantor e apresentador Ronnie Von, apreciador da carne de coelhos, entrevistou o chefe de cozinha José de Alencar, no programa Todo Seu, exibido pela TV Gazeta. Naquele momento, foi preparado um coelho ensopado.

Ronie Já no quadro visão masculina, do mesmo programa, o apresentador serviu carne de coelho a seus entrevistados, havendo grande apreciação por parte dos mesmos.

Os vídeos podem ser verificados em: http://www.youtube.com/watch?v=idi3jrAX66E&list=UUW4t6ozY9VDVeN_GHK260BQ&index=2&feature=plcp

e http://www.youtube.com/watch?v=NocWf69xCfA&feature=relmfu

 

ACBC recupera material

ACBC recupera material sobre cunicultura

Junho/2012

A ACBC recuperou um valioso material sobre cunicultura, publicado pela EPAMIG, no ano de 1989. Naquela ocasião foram publicados dois informes agropecuários inteiros, enfocando artigos diversos em cunicultura. Esse material será crucial também para que se faça uma comparação entre a cunicultura da década de 80 e a cunicultura atual. Como os arquivos gerados são muito grandes, não será possível disponibiliza-los no site da ACBC, sendo incorporados no CD de publicações em Cunicultura, material distribuído gratuitamente pela ACBC.

A diretoria da ACBC agradece a graduanda Renilma, pelo auxílio na digitalização das imagens e organização dos artigos.

 

Informe_1

- informe_2


 

 

 

Oportunidade de estágio

Oportunidade de estágio no setor de cunicultura da UEM

Junho/2012

 

O setor de cunicultura da UEM, em Maringá-PR ofertará duas vagas para estudantes de Zootecnia que já tenham cursado a disciplina de cunicultura, para Agosto de 2012.

uem Segundo o mestrando Yuri Jaruche, os estagiários poderão ajudar na fabricação de ação, observar o funcionamento da peletizadora, triturar fenos, fazer algumas análises de alimentos, curtir patas e peles, aprender a montar os experimentos, conhecer as instalações e os cruzamentos executados e até mesmo elaborar algum tipo de trabalho que queira por conta própria, como por exemplo, bater fotos do crescimento diário dos láparos, mediar a taxa de desempenhos dos quatro galpões, etc. Ainda segundo Yuri, há algumas alternativas a baixo custo para alojamento de estudantes.

Os interessados devem contactar o prof. Cláudio Scapinello, através do email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. . Outras informações poderão ser também obtidas com Yuri Jaruche através do email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Premio Laura de Sanctis

ACBC promoverá entrega do prêmio "Laura de Sanctis"

Junho/2012

 

A ACBC instituiu o prêmio Laura de Sanctis, que será oferecido a um profissional de destaque na cunicultura brasileira, que tenha contribuído de forma significativa para o desenvolvimento desta atividade. A premiação será realizada por ocasião do IV SENACITEC e a eleição do agraciado já está sendo realizada pela ACBC.

Laura Laura de Sanctis foi Médica Veterinária com Mestrado na área, que como funcionária da Secretaria de Agricultura do Estado de Minas Gerais e Pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG, realizou um trabalho de grande importância nas décadas de 70 a 90 do século passado em razão do desenvolvimento da cunicultura mineira e nacional. Atuou como Diretora Técnica da então Associação Mineira de Criadores de Coelhos - AMICCO, ajudou a organizar e criar a Cooperativa dos Cunicultores de Minas Gerais e também teve participação na criação da Associação Nacional dos Cunicultores -ANC, com sede em Niterói, Rio de Janeiro. A Dra. Laura, como era carinhosamente conhecida, era de origem Italiana e teve duas filhas. Sempre recebia os interessados na produção de coelhos com muita atenção e dedicação. Sempre se relacionou a diversos grupos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em Cunicultura tendo maior relevância na colaboração que empreendeu ao Setor de Cunicultura da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais. Nos últimos anos de sua vida ainda teve participação como docente da Escola Agrícola de Pitangui, Minas Gerais, onde para além da Cunicultura a Dra. Laura ainda teve tempo de promover a atividade apícola. A Dra. Laura de Sanctis, foi a Patronesse da Cunicultura Brasileira e sua intensa dedicação a esta atividade ainda repercute. O seu nome grafado a um Prêmio Nacional de destaque aos pesquisadores Brasileiros concedido pela Associação Científica Brasileira de Cunicultura - ACBC, é uma honra e alta distinção.

 

Cunicultura é Hobby

 

 

Cunicultura é hobby para professor aposentado

Junho/2012

O professcolomboor Moacir Colombo, aposentado da UEM, cria coelhos desde que se aposentou, numa pequena área de pouco mais de 1 ha. Colombo comenta que a atividade é desistressante e pode ser uma alternativa rentável. A Granja Paraíso, de propriedade do mesmo, trabalha com animais de companhia das raças mini-lyon e mini-lop, enviando animais para todo o brasil.

Colombo fala ainda do coelho ser criado como animal de companhia. O vídeo com a entrevista pode ser acessado em: http://www.youtube.com/watch?v=zrMwFjfWfnE&list=UU1zFUSTZeK0YbvD4_fKdr4A&index=6&feature=plcp

 

 


 

 

 

Professor fala da Agricultura familiar

Professor Berilo Brum fala sobre projeto de cunicultura em agricultura familiar

Maio/2012

Berilo O professor Berilo Brum, do Instituto Federal Farroupilha, campus Júlio de Castilhos, falou sobre m projeto de cunicultura em agricultura familiar. Berilo apresentou um sistema simples onde cada família que faz o curso recebe uma coelha. Apresentou também alternativas simples para que se produzir animais a um custo muito baixo.

O vídeo com essas informações pode ser acessado em: http://www.galerananet.com.br/

Lembramos que o prof. Berilo brum fará uma palestra no IV SENACITEC, entitulada "A cunicultura como uma alternativa de combate a fome".

 

Entendendo a cecotrofia

yuriNota Técnica – Ceco, cecofagia, cecotrofagia, cecotrofia, cecotróficos,
cecotrofos, coprofagia, coprofágicos e coprófagos. Entendendo isso...

 

Para baixar essa nota em PDF, clique aqui.



Por: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
Endereço de contato: Rua Prof. Antônio de Santa Rosa, n°64, Bairro Jardim Universitário, Cidade de Maringá, Paraná (PR)
Celular 1: (031)8456-2654; Celular 2: (044)9839-7976; e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Maringá – PR, 20 de junho de 2012

 

“- Ai credo, coelho come „coco., que nojo!” ou “- Coelho tem coprofagia”.
Quantas vezes vocês, criadores e/ou tratadores de coelhos, já escutaram essas
frases? Tenho certeza que muitas. Quais foram suas respostas? Será que vocês
estavam mesmo certos ao dizerem sim ou não? E os argumentos utilizados, foram
convincentes a vocês mesmos? Será que aquele artigo, folheto, livro, manual,
panfleto ou site estavam corretos? Poderiam vocês confiar nas palavras dos
conhecidos, colegas, amigos ou profissionais? Nem sempre uma palavra parecida
com a outra tem o mesmo significado. Não saber o significado de uma palavra ou achar que ela significa algo
que na verdade possui outro significado é muito comum tanto em cunicultura, como nas mais diversas áreas
do conhecimento humano. Porém, o entendimento exato de cada termo não somente nos tornam pessoas
mais inteligentes como também aperfeiçoa nossas atividades. Abaixo estão listadas algumas palavras
comumente ditas ou escritas no setor de cunicultura que confundem até mesmo os especialistas, contendo
ao lado seus significados, explicações e exemplos.

 

Ceco: E a primeira parte anatomica do intestino grosso. O aparelho digestivo do coelho e composto por
boca, laringe, esofago, estomago, intestino delgado e intestino grosso. O intestino delgado e divido em
duodeno, jejuno e ileo. O intestino grosso em ceco, colon e reto. Nos coelhos o ceco e muito desenvolvido,
pois tem a funcao de auxiliar na fermentacao das fibras, com a ajuda de uma microbiota especifica,
melhorando o teor de energia para os animais. Os cavalos tambem possuem um ceco desenvolvido e com
funcoes semelhantes, no entanto, suas exigencias nutricionais sao muito diferentes e, por isso, nao devemos
fornecer racoes peletizadas de cavalos para coelhos e nem racoes peletizadas de coelhos para cavalos.

cecotrofia

Cecotrofos: É o bolo alimentar fermentado por mais tempo no ceco do coelho que naturalmente ocorre.
Essa palavra pode ser dividida em duas partes, “ceco” e “trofos”. “Ceco” é primeira parte anatômica do
intestino grosso e “trofos” é uma derivação de trofia que significa alimento. Então, podemos entender
cecotrofos como o alimento fermentado por mais tempo e naturalmente no ceco. As fezes (bosta ou coco no
popular) são as partes não digeríveis dos alimentos pelos animais. Os cecotrofos são e podem ser
consumidos diretamente do ânus, sem mastigação pelos coelhos, porque são considerados alimentos
fermentados e enriquecidos pelas bactérias, enquanto as fezes não deveriam ser reingeridas, pois são os
resíduos indigestíveis de tudo o que o animal se alimentou, caracterizadas pelo mau cheiro (quase inodora
nos coelhos), alta carga de micróbios impróprios ao re-consumo e com pouquíssimo valor nutricional.

 

Cecofagia, ceotrofagia ou cecotrofia: É a reingestão do bolo alimentar fermentado por mais tempo no
ceco do coelho que naturalmente ocorreu, melhor dizendo, o ato de ingerir os cecotrofos. Três palavras diferentes, mas com o mesmo significado. Esse processo melhora a absorção de energia e de diversos nutrientes, sendo consumido, preferencialmente, à noite. Em coelhos selvagens inicia-se precocemente, enquanto nos domésticos após o início do consumo de alimentos sólidos, por volta da terceira semana de vida. Interferem no consumo de cecotrofos iluminação, dieta, manejo, densidade, ciclo circadiano e lactação. O correto seria dizer que os coelhos FAZEM cecofagia, ceotrofagia ou cecotrofia e não dizer coelhos TEM cecofagia, ceotrofagia ou cecotrofia.

 

Coprofagia: É o consumo das fezes. Essa palavra pode ser dividida em duas partes, “copro” e “fagia”.
Em latim “copro” significa “fezes” e fagia "ingestão", sendo assim, corpofagia é o ato de ingerir fezes. Muitas pessoas desinformadas dizem que isso ocorre naturalmente em algumas espécies de animais. Em parte isso é verdade, por exemplo, quando se trata de alguns insetos e certos peixes de fundo. Mas se tratando de animais domésticos como gato, cão, galinha, ovelha, cabra, vaca, cavalo e até mesmo o próprio porco, isso é considerado um hábito depravado, ou seja, algo não natural da espécie e com consequências ruins para o próprio animal. Normalmente, animais de produção que fazem coprofagia, ingerem não apenas suas próprias fezes, mas também as fezes de outros animais. Isso tem uma maior frequencia em sistemas intensivos de produção, por desordem psíquica, ou quando o animal está com deficiencia de algum ou alguns nutrientes. Normalmente a deficiencia de nutrientes é a principal causa de coprofagia. Em láparos isso é mais comum, principalmente quando estão saindo do ninho, por volta dos 18, 19, 20 dias, pois colocam na boca quase tudo o que lhes aparece à vista, mas apenas experimentam, logo param. Em coelhos adultos isso é mais comum somente nas fêmeas gestantes e/ou lactantes, quando o apetite aumenta exageradamente, podendo consumir até mesmo um pouco das próprias fezes, principalmente se a ração não for de boa qualidade. Coelhos que consomem muitas fezes por dia são considerados com hábitos depravados também. A melhor maneira de evitá-lo seria fornecendo uma ração balanceada, em quantidade, qualidade e horário correto para cada categoria animal, além de um manejo adequado e preservar os animais dos extresses desnecessários.

 

Cecofágicos ou cecotrófagos: Animais que fazem cecofagia, cetrofagia ou cecotrofia, ou seja, os
animais que ingerem os seus próprios cecotrofos. Neste caso coelhos e lebres, mas, caso existam outros animais que possam realizar a cecofagia, ceotrofagia ou cecotrofia também são considerados cecofágicos ou cecotrófagos.

coelho

Coprofágicos ou coprófagos: Animais que ingerem fezes normalmente na natureza. É muito
importante saber que são considerados coprófagos ou coprofágicos somente os animais que alimentam-se do esterco de outros animais na natureza, de forma natural, independente das condições ambientais, como alguns insetos e peixes de fundo. O besouro coprófago e certos peixes de água salobra são exemplos de coprófagos ou coprofágicos. Para melhor entendimento dessa classificação alimentar dos animais tomemos com exemplo um cão qualquer. Esse cão consegue consumir fezes, porém, somente fará isso caso esteja com fome por vários dias, com alguma deficiência alimentar ou distúrbios mentais. Caso esse cão consuma suas fezes os cães não poderão ser considerados coprofágicos ou coprófagos, pois naturalmente eles não consomem suas fezes e nem a de outros animais. Por natureza o cão é um onívoro. Os coelhos encaixam-se na mesma situação. São comuns coelhos selvagens, principalmente em tempos de seca, consumirem suas fezes ou a de outros coelhos. Entretanto, somente o fazem quando as condições ambientais restringem muito o crescimento dos vegetais consumíveis, obrigando-os a ingerirem fezes. Por isso, os coelhos não podem ser classificados como coprofágicos ou coprófagos. Coelhos são herbívoros cecofágicos/cecotróficos.

Coelhos e lebres

yuriNota Técnica: Diferenças básicas entre coelhos e lebres

 

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Por: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
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Maringá – PR, 20 de junho de 2012

 

           Coelhos e lebres pertencem à mesma ordem, Lagomorpha (do latim científico, “forma de lebre”) e à mesma família, Leporidae (do latim científico, “lábio leporino” ou “bi-fendido”). Ambos possuem seus respectivos gêneros e espécies, os quais são bastante numerosos. À primeira vista, aparentam muitas semelhanças, porém, são distinguidos facilmente por várias características anatômicas e comportamentais. Muitos cunicultores, mesmo os experientes, confundem coelhos com lebres e vice-versa. Abaixo, apresenta-se um quadro, generalizado, diferenciando os coelhos das lebres.

              A Cunicultura é um dos muitos ramos da Zootecnia que estuda a criação produtiva, racional e econômica dos coelhos domésticos e não das lebres.

coelhoselebres

            A pelagem, o tamanho e o peso não diferenciam bem coelhos de lebres, mas a maioria dos coelhos apresenta pelagem clara, tamanho menor e peso mais leve, em comparação com as lebres. Existem ainda diversas outras diferenças como predileção de ambientes e de localidades, pelos e subpelos, ponta das orelhas, ossatura, íris dos olhos e placas de Peyer, porém, estas não caracterizam de forma generalizada ambas as populações, havendo em muitas semelhanças nas mais diferentes espécies.

Contenção

yuriPor: Yuri De Gennaro Jaruche, Zootecnista pela UFMG e Mestrando em Produção de Não-Ruminantes pela UEM, com enfoque em Cunicultura.
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Maringá – PR, 20 de junho de 2012

 

    Nota Técnica - Contenção correta de coelhos
        facilita o manejo e diminui estresse

 

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Entende-se por contenção o ato de imobilizar totalmente ou parcialmente o animal. Objetiva restringir ou reduzir suas atividades físicas com intuito de proteger o examinador da constância de seus arranhões e/ou esporádicas mordidas; facilita o exame físico e os procedimentos como apalpação do ventre, vistoria corporal, desembaraço de pelos, etc; proteger o animal da força excessiva e irritabilidade humana e evitar possíveis fugas dos coelhários.
Na grande maioria das vezes, ao evitarmos movimentos bruscos e precipitados, ganhamos a confiança dos coelhos, principalmente das matrizes e dos reprodutores, animais que permanecem maior tempo no rebanho.
Abaixo se descreve as possíveis contenções de coelhos apenas com o auxílio das mãos:
1 – Segurar por ambas orelhas. Nunca devemos segurar um coelho assim! Esse é o pior método de contenção que existe para o animal. Nesse tipo de contenção rompe-se os micro-vasos sanguíneos e em alguns casos os grandes vasos também, podendo ocasionar desde pequenos hematomas até a necrose total das orelhas, principalmente se os coelhos forem de porte gigante, estiverem em sobrepeso ou tiverem orelhas mais finas. Muitas vezes uma ou as duas orelhas se quebram, dificultando dessa maneira a troca de calor do animal com o ambiente. Apenas no momento do abate permite-se tal contenção, pelo fato de não depreciar a pele dos animais. Mas somente nesse momento;
2 – Segurar pela pele despregada da nuca. Apenas coelhos leves (anão, pequeno ou filhote de porte médio);
3 – Segurar com uma mão pela pele despregada da nuca e apoiar a garupa do animal com a outra mão. Recomendado para coelhos adultos de porte médio e acima ou coelhas gestantes;

proteo4 – Com uma mão segurar as coxas do animal, apoiando o braço na lateral dele(a), e com a outra mão segurar a pele despregada da nuca. Recomendado para todas as categoria de coelhos quando for transportar-lhes em grandes distâncias. Necessita-se de experiência nessa contenção, mas é bastante confortável ao animal, sentindo-se até mesmo mais seguros, por imitar as tocas de coelhos;
5 – Segurar pelas laterais do lombo com uma mão, sem pressão excessiva. Apenas coelhos em fase de crescimento até 75 dias de idade pela localização dos rins serem nesses pontos de contenção;
6 – Cada mão segurará uma pata traseira e outra dianteira ao mesmo tempo, sem utilizar força extra para não machucar ou mesmo quebrar os ossos do animal. Essa contenção permite plena visualização do ventre, do focinho ou a possibilidade de castração nos machos (U.U);
7 – Com uma mão segurar, delicadamente, a virília do animal, apoiando o braço na lateral dele(a). Todas as categorias de coelhos podem ser contidas assim. É mais indicada e melhor para as coelhas gestantes ou quando for transportar os coelhos para grandes distâncias. Cuidado com as patas traseiras para não ser arranhado. Normalmente os animais não se debatem, pois é a posição mais próxima das tocas dos coelhos selvagens;
conteno8 – Segurar com uma mão pela pele despregada da nuca, prendendo conjuntamente as orelhas, e com a outra mão segurar a pele da linha dorso-lombar. Apenas coelhos extremamente estressados ou bravios que serão levados em pequenas distâncias, pois toda a pele despregada agora se torna esticada e caso o animal se movimente sentirá desagradável desconforto.
Caso seja inexperiente ou queira levar o animal em diferentes localidades, existe a possibilidade de se enrolar o animal em um pano qualquer. É comum a utilização das barras inferiores de calças jeas para raças de porte médio, pois ficam bem justas nos animais e dificultam seus movimentos.

Empresas de rações

Representantes de fabricantes de ração:

Minas Gerais (MG)

Nome: Eric Augusto Ribeiro (Informações atualizadas em 2020)

Ração: Ração Total

Contato: (31)99950-1368

Endereço:Rua da Lagoa, 51 - Lapinha - Lagoa Santa 33400-000

 

 

 

As seguintes empresas fabricam ração para coelhos:

Agrária

Agroceres

Agromix

Alcon

Algomix

Alisul

Alvorada

Anhambi

Araucária

Basa

Berleze

Bocchi

Bravisco

Copagril

Cotrigo

FriRibe

Guabi

Languiru

Master

Purina

Nutriara

Nuvital

Pantagro

Perdigão

Piá

Presence

Primor

Purina

Rancho Alegre

Socil

Soma

Supra

Supranor

Total

VRcoelho.

Sobre a ACBC

Sobre a ACBC:

             A Associação Científica Brasileira de Cunicultura (ACBC) constitui-se de uma estrutura de reflexão aberta, sem fins lucrativos, tendo como principais objetivos estudar o aperfeiçoamento da criação de coelhos, estabelecer e favorecer os contatos entre técnicos e grupos de técnicos nacionais e internacionais ligados à cunicultura além de difundir os conhecimentos dentro da área de cunicultura.

             A ACBC buscar promover reuniões de trabalho e reuniões gerais periódicas, organização de seminários, conferências, congressos, informações do meio cunícula e do poder público, cooperação com todas as outras organizações nacionais e internacionais que tenham os mesmos objetivos, assim como apoiar e participar de todas as iniciativas que possam ajudar a cunicultura exceto as atividades com fins lucrativos."