Uncategorised

VII SENACITEC

     Preto Figuras Esportes Masculinos Capa para Facebook 5

     O VII SEMINÁRIO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM CUNICULTURA - SENACITEC 2021 já tem data marcada: 23, 24 e 25 de novembro de 2021. E dessa vez o evento trará um elemento que o distingue de todas as edições anteriores: será TOTALMENTE VIRTUAL E GRATUITO. As inscrições já estão abertas e o prazo para envio de Trabalhos (Artigo científico, Relato de caso e Revisão bibliográfica) vai até 10/11/2021. Para acessar o site do evento, CLIQUE AQUI.  

     Sob a organização conjunta do Centro de Estudos em Coelhos - CECO (Universidade Estadual de Maringá - UEM) e da Associação Científica Brasileira de Cunicultura - ACBC, a programação do evento será composta por palestras, workshops, apresentação de trabalhos científicos, debates, depoimentos e trocas de experiências entre Universidades, Setores Produtivos, Cunicultores, Tutores e demais interessados.

     Apesar da distância que o momento impõe, estaremos juntos e unidos pelos laços que temos em comum: A CUNICULTURA !

ACBC oferece Curso de Cunicultura de Corte 100% remoto

 

Curso de Cunicultura ACBC 2020     Em Outubro de 2020, a ACBC lançou o Curso de Cunicultura de Corte, totalizando 30 palestras distribuídas entre os 5 principais pilares da Cunicultura de Corte: GENÉTICA, NUTRIÇÃO, AMBIÊNCIA, SANIDADE e GESTÃO.

    As inscrições deverão ser feitas pela PLATAFORMA DE GERENCIAMENTO DO CURSO. O investimento será de R$100,00. Mas os sócios da ACBC com anuidade em dia poderão solicitar desconto de 50% no momento da inscrição. Estão convidados a participar desse evento Alunos de Graduação e Pós-graduação, Docentes e Pesquisadores, Cunicultores e Profissionais relacionados à cadeia produtiva de Coelhos de Corte, além de interessados no assunto.

     ATENÇÃO: Sócios da ACBC com anuidade em dia receberão o desconto digitando o seguinte CUPOM no campo específico: associado2020acbc

     Após a realização da inscrição, os dados informados serão enviados para a Secretaria da ACBC para conferência e verificação. Os inscritos receberão um link no e-mail informado com instruções para validação do acesso às palestras.

 

ACBC OFERECE CURSO INÉDITO DE CUNICULTURA DE CORTE 100% REMOTO

Curso de Cunicultura ACBC 2020É com enorme satisfação que a Associação Científica Brasileira de Cunicultura (ACBC) comunica a realização do Curso de Cunicultura de Corte, a ser realizado a partir de outubro de 2020, por meio de uma plataforma 100% remota (à distância). Serão abordados os principais pilares: GENÉTICA, NUTRIÇÃO, AMBIÊNCIA, SANIDADE e GESTÃO, com palestrantes renomados e emissão de certificados (30 horas). O investimento será de R$ 50,00 para sócios da ACBC e R$100,00 para não-sócios.

Para realizar sua inscrição, basta efetuar o depósito ou transferência do valor na conta bancária da ACBC (descrita abaixo), preencher ESSE FORMULÁRIO e anexar o comprovante de pagamento.

BANCO DO BRASIL
TITULAR: LEANDRO D CASTILHA (Presidente da ACBC)
CPF: 051.804.929-98
AGÊNCIA: 0352-2
CONTA CORRENTE: 127.775-8

Material publicado no VI Senacitec - Botucatu

O IV Seminário Nacional de Ciência e Tecnologia em Cunicultura foi realizado no Campus Lageado da UNESP Botucatu, entre os dias 14 e 15 de Setembro de 2012. Constou de palestras, mini curso, apresentação de trabalhos, reunião científica, dentre outros.

             Foram publicados os seguintes trabalhos no evento:

Palestras

História da cunicultura no Brasil e estratégias para seu desenvolvimento

Cuidados e conforto para coelhos de companhia Parte 01   Parte 02

Principais doenças de coelhos de companhia

Sistemas de criação de coelhos Parte 01    Parte 02    Parte 03

A cunicultura como alternativa ao combate a fome

Resumos expandidos de pesquisa

Aferição da composição químico bromatológica de rações comerciais para coelhos

Comportamento e bem-estar de coelhos em crescimento em gaiolas enriquecidas

Crescimento de coelhos Nova Zelândia Brancos utilizando rações industriais e caseiras

Desempenho de coelhos Nova Zelândia Brancos com diferentes rações comerciais

Enriquecimento ambiental na gestação de coelhas

Projeto piloto: Quais das seis soluções curtentes de membros de coelhos são eficientes e qual é a mais econômica?

Substituição do feno de Alfafa pela casquinha de milho para coelhos em crescimento

Substituição da energia digestível do milho pela da raiz de mandioca em rações de coelhos em crescimento

Desempenho de coelhos alimentados com dietas contendo farelo de palma forrageira

Utilização de diferentes madeiras como enriquecimento ambiental para coelhos em crescimento

Valor nutritivo da casquinha de milho para coelhos em crescimento

Valor nutricional da raspa integral de mandioca para coelhos

Valor nutricional de biofermentados a base de plantas adaptadas ao semiárido para coelhos

Resumos expandidos de revisão bibliográfica

Coccidiose hepática em coelhos: revisão bibliográfica

Comportamento e bem-estar de coelhos em crescimento

Ensaios de digestibilidade in vitro na avaliação dos alimentos para coelhos

Inseminação artificial na cunicultura: revisão bibliográfica

Uso da mandioca na alimentação de coelhos

Rações não-peletizadas para coelhos: uma revisão sistemática das pesquisas brasileiras em cunicultura entre 2000 e 2010

Importância do bem-estar no sucesso da cunicultura: revisão bibliográfica

Utilização de amilase exógena na cunicultura

UFLA promove Dia do Coelho

Com a coordenação da prof. Raquel Moura a Universidade Federal de Lavras - MG, promoiverá no dia 13/07, de 12 as 18h o primeiro dia do coelho, evento que visa divulgar as finlidades e benefícios da criação de coelhos. Raquel explica que a carne de coelhos  é muito saborosa e saudável e que haverá degustação. 

 

Inspeção técnica em granjas

Inspeção técnica em granjas cunículas

 

Por: Bruno Araújo Amorim1, Luiz Carlos Machado2

1Aluno do Curso de Graduação em Zootecnia do IFMG Campus Bambuí

2Zootecnista, professor do IFMG Bambuí

 

Apresentação

Pouca ou quase nenhuma ênfase tem sido dada à consultoria técnica em cunicultura, talvez porque ela quase não exista no Brasil. Há pouquíssimos profissionais dedicados a este tema, incluindo aqui Zootecnistas, Médicos Veterinários, Agrônomos e Técnicos Agrícolas, dentre outras áreas afins. Deve-se chamar atenção que mesmo em regiões onde há maior intensidade de granjas cunículas, não é possível que um técnico de nível médio ou superior, consiga se manter trabalhando somente com esta atividade. Aqueles que realizam a atividade de assistência técnica normalmente são também donos de granjas e não se cobra por essa atividade ou se cobram recebem valores irrisórios. Contudo este assunto é de extrema importância e fundamental para suportar um crescimento cauteloso e sustentável da cunicultura brasileira. Convênios que proporcionem assistência técnica a baixo custo aos produtores são urgentes no Brasil e as instituições de ensino necessitam também militar nesta área da extensão.

Dessa maneira, elaboramos um roteiro de inspeção a ser utilizado pelo técnico em uma visita a uma granja cunícula que produza animais para carne. Nossa intensão futura é também elaborar um roteiro para a cunicultura pet e outro para a venda de matrizes. Este roteiro de inspeção que é sintetizado no anexo I deste documento, servirá de base para que o técnico elabore seu relatório (anexo II), o qual será fundamental para melhoria de todo o sistema de produção. Enfatiza-se aqui a necessidade do cunicultor manter um bom diálogo com o técnico que o atende afim de verificar as melhores medidas a serem implantadas, dentro das condições de cada granja.

A visita

         Sugere-se aqui que a visita do técnico seja, ao início do trabalho, pelo menos mensal. Essa periodicidade pode mudar conforme a evolução da granja ou conforme a necessidade do cunicultor. Sugere-se também que as primeiras visitas sejam mais demoradas e que o técnico permaneça no local por pelo menos um turno. Como o estresse calórico afeta enormemente a produção cunícula, sempre que possível, a visita deverá ser realizada nas horas mais quentes do dia para se avaliar e verificar as melhores soluções.

 

Para baixar o arquivo contendo o anexo I (Modelo para roteiro de inspeção) e o anexo II (modelo para relatório de inspeção) em formato doc., clique aqui

 

 

Pastoleurose em coelhos

Nota técnica: Pasteurelose em coelhos

Para baixar esta nota em PDF na formatação original, clique aqui.

kassyPor: Kassy Gomes da Silva – Médica Veterinária, Doutoranda em Saúde, Tecnologia e Produção Animal Integrada PUCPR

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

 

A pasteurelose é uma das doenças bacterianas mais comuns em coelhos, sendo causada pela bactéria Pasteurella multocida, com a existência de diversas cepas. É uma doença oportunista que pode aparecer quando não adotadas algumas medidas de controle. Possui grande importância econômica, por ser causa de grande parte do descarte de matrizes nas granjas e ser uma doença com um complexo sistema de controle, além de um tratamento lento, com alto custo e frequentemente pouco eficiente. Um surto da doença dependerá de diversos fatores ambientais e fisiológicos, às vezes com combinação de várias causas.

A via nasal é a principal rota de infecção, podendo também ocorrer pelas vias conjuntival, oral, transcutânea ou vaginal. Objetos e equipamentos contaminados com as secreções ou o pus são formas de contágio indireto. Coelhos com a doença na forma crônica representam o principal meio de infecção. Reprodutores e matrizes são constantes reservatórios dentro da granja. Matrizes podem transmitir a doença para os filhotes; a cópula também é um meio de transmissão entre os reprodutores do plantel. Material de inseminação artificial pode ser uma importante via de transmissão, com o nível de higienização do material e a experiência do operador sendo muito importantes na prevenção dessa forma de transmissão. Estima-se que 30-60% das falhas na inseminação ocorrem por causa de vaginite e/ou metrite causada pela inseminação, sendo a Pasteurella frequentemente encontrada nesses casos.

Secreções nasais/mamárias e conteúdo do abcesso representam a fonte primária para a transmissão por contato direto. Transmissão pelo ar pode ocorrer, principalmente em locais cujo ar tem muita poeira. Após a exposição à bactéria, o coelho pode ser resistente à infecção e combater totalmente a bactéria, tornar-se um portador assintomático ou desenvolver a doença aguda ou crônica. Estima-se que entre 40 e 72% dos coelhos clinicamente normais são portadores, podendo ou não apresentar a doença no futuro.

Com exceção de algumas cepas específicas, a bactéria é um patógeno facultativo, ou seja, ela se aproveita da diminuição da imunidade do coelho para causar a doença. Fatores externos contribuem para o aparecimento de um surto. Baixa umidade relativa ou ventilação excessiva aumentam a sensibilidade do epitélio nasal à infecção, assim como um nível alto de amônia, ração “poeirenta”, superlotação e falta de higiene de gaiolas, bebedouros e ninhos. Reprodutores alojados em sistemas de baterias podem ser mais propícios a desenvolver a doença. O chão da gaiola sujo prolonga uma endemia de mastite; a realização da palpação abdominal para diagnóstico de gestação em diversas fêmeas em sequência pode espalhar a doença, cujo risco é maior quando estas estão em lactação. Uma simples mudança de ambiente (troca de galpão, mudança brusca de temperatura, etc.) pode contribuir para o aparecimento de um surto.

Os sinais clínicos da pasteurelose variam de acordo com a forma adquirida da doença. A forma respiratória é a mais descrita, pela sua fácil visualização no plantel. Os primeiros sinais são localizados no trato respiratório superior, como rinite e traqueíte, com a presença de secreção nasal serosa/purulenta nos pelos do focinho e das patas da frente (Figura 1), além de espirros. Pneumonia, febre, dificuldade em respirar, anorexia, perda de peso e morte podem ocorrer. Ressalta-se que outras bactérias causam sinais parecidos, como é o caso do Staphylococcus spp., o Streptococcus spp. e a Bordetella spp.

 

 

O aparecimento de abcessos, que ocorre também em infecções por Staphylococcus spp., é outra forma comum da doença, sendo uma das principais causas de descarte de matrizes. Podem variar de tamanho, podendo ser volumosos e incômodos, porém nem sempre o coelho parece muito afetado. Podem estar na pele, na mucosa, região retrobulbar, nas genitálias, patas, ossos e órgãos internos. Um abcesso no ouvido médio pode levar à otite crônica e encefalite, com sinais clínicos como torcicolo, nistagmo e ataxia.

A forma séptica é causada por cepas mais patogênicas, levando à rápida morte do animal, muitas vezes sem sinais clínicos. Apresentam febre e apatia, com a morte ocorrendo de 24 a 48 horas após os primeiros sinais. As outras formas da doença também podem evoluir para a septicemia.

apresentada, outros agentes devem ser estudados, como Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Bordetella spp., Klebsiella spp. e Pseudomonas spp. Sinais clínicos e exames complementares devem ser utilizados em conjunto para determinar a causa do surto. Outras doenças diferenciais para pasteurelose são: doença hemorrágica viral, encefalitozoonose, microsporiose e pneumocistose.

Os exames laboratoriais que podem ser utilizados para diagnosticar a pasteurelose são cultura, ELISA e PCR. No post-mortem, a necropsia e histopatologia contribuem para o diagnóstico.

O tratamento varia com a forma da doença apresentada. Locais como ouvido médio, abcessos e seios nasais não são bem alcançados pelo antibiótico, levando à recidiva da doença. A via mais apropriada para o tratamento é a parenteral, como injeções intramusculares ou subcutâneas. A confirmação do agente é importante para a escolha do protocolo de tratamento, incluindo o antibiótico e o tempo de tratamento, que varia, de um modo geral, de 1 a 3 meses.

O prognóstico da forma respiratória pode ser desfavorável em algumas cepas específicas, assim como quando mudanças ambientais não podem ser feitas. Aconselha-se o tratamento dos machos reprodutores como medida profilática. No caso de abcessos, aconselha-se o abate dos coelhos afetados, por razões sanitárias e econômicas. No caso de animais de alto valor econômico ou sentimental, como coelhos de estimação, o prognóstico varia caso a caso, sempre com tratamento em longo prazo.

Manter boas condições de higiene, manejo, ventilação e temperatura diminuem o risco de surtos. Quarentena de animais adquiridos em instalação separada do plantel é importante para evitar a possível entrada de novas cepas. A desinfecção das instalações com hipoclorito de sódio ou cloreto de benzalcônio é aconselhada.

Dependendo do tamanho do surto na propriedade, uma atitude mais drástica, a depopulação, pode ser a solução mais apropriada. Uma granja com abcessos e mastite nas matrizes associado aos abcessos subcutâneos em coelhos da engorda pode se encaixar nesse caso, pois o tratamento e controle da doença tornam-se financeiramente inviável. Nos casos onde seja inviável/desnecessário o abate do plantel, vários meses serão necessário para a estabilização da situação, de acordo com a forma da doença apresentada na granja. Por isso, a prevenção é essencial para evitar problemas com a pasteurelose (Figura 2).

medidas.png

Coelhoterapia - Terapia assistida com coelhos

 

Nota técnica: Terapia com coelhos

Por: Dayane Faria e Karoline Kathleen e Pedro Magno – Estudantes do curso de Graduação em Zootecnia do IFMG Bambuí

Revisão: Luiz Carlos Machado – Professor do IFMG Bambuí

Para acessar esta nota técnica em formato PDF, clique aqui.

As terapias que utilizam animais são chamadas de TAA (Terapia assistida por animais) e têm o objetivo de desenvolver as sensações de conforto e calma nos pacientes, promovendo melhor bem-estar. Essa relação passou a fazer parte do processo terapêutico de tratamento de diversas doenças. A terapia com coelhos não é tão conhecida quando comparada à terapia que utilizada outros animais como os equídeos (equoterapia) e sua utilização é muito escassa na atualidade.

A TAA pode ser usada em tratamentos de pessoas com deficiência mental, problemas de aprendizagem, dificuldade em adaptação social, pacientes com problemas físicos ou psicológicos e idosos em lares de repouso. Nessa terapia o animal é a ferramenta mais importante para o tratamento, ajudando a resgatar a efetividade e aumentando o animo do paciente além de melhorar o funcionamento emocional, social, físico e cognitivo. As seções têm o objetivo definido e são sempre acompanhadas por um profissional da saúde. Normalmente para estas terapias são utilizados os cães, gatos, cavalos e em menor escala os coelhos além de pequenos roedores. É necessário destacar que estes animais devem estar com saúde adequada, minimizando os riscos de zoonoses, além de serem obedientes e tolerantes, devendo apresentar comportamento dócil e normal para a espécie.

Os coelhos por serem dóceis, tranquilos e de baixo custo de manutenção são ótimas opções para a TAA, sendo um animal carinhoso, gracioso e agradável que gosta de permanecer no colo, facilitando a expressão de emoções do paciente. Além disso, os cuidados que o paciente deve ter com os animais o estimulam a ter zelo e responsabilidade. Alguns desses coelhos de companhia conseguem aprender alguns comandos e essa relação estimula a maior confiança do paciente. Deve-se destacar também que o comportamento lúdico como as brincadeiras e jogos são importantes para os dois lados envolvidos na terapia.

Dessa maneira a TAA utilizando-se coelhos apresentas vários benefícios tais como a melhora das habilidades motoras, das habilidades para os cadeirantes e andadores e maior desenvolvimento de equilíbrio. Há também maior interação verbal dentro do grupo, melhora nas habilidades de atenção, de lazer, melhora na autoestima, diminuição da ansiedade e prevenção da depressão. Além disso não se pode esquecer da melhora em quesitos fisiológicos tais como nos níveis de neurotransmissores como a dopamina (prazer e controle motor), feliatalamina (animo e antidepressivo) e endorfina (analgésico e sensação de bem-estar) entre outros.

Durante as visitas dos animais aos pacientes deverá haver a observação das crianças, suas reações, comportamentos e atitudes e o profissional poderá fazer um relatório desde o primeiro contato até um estágio mais avançado a fim de se registrar os avanços. Os animais são colocados em suas camas e no colo para que sejam acariciados e poderem interagir. Ao final da seção, o profissional poderá solicitar as crianças a criação de um desenho sobre o que ela fez e explanar se gostou na seção.

Espera-se que a partir de algumas seções as crianças mudarão parte de seu comportamento tornando-se mais felizes, melhorando ainda seu diálogo com os colegas. Deve-se salientar que algumas crianças não se adaptam facilmente ao animal e com isso faz-se uma terapia mais demorada até que haja certa adaptação. A paciência deve ser aliada neste processo. Essa visita dos animais acaba proporcionando momentos felizes o que contribui para diminuição de traumas momentâneos que ocorrem nos momentos de hospitalização. Além disso, esse contato com os animais também ajuda na cooperação para com os procedimentos hospitalares, pelo simples fato de se sentirem relaxados e mais confiantes. Tudo isso contribui para que o momento seja prazeroso e para o bem-estar de todos os envolvidos.

 

Legislação de coelhos para laboratório

 

Nota técnica: Legislação de coelhos para laboratório

Por: Letícia de Sá Guimarães Cunha e Rosiane de Souza Camargos – Estudantes de Graduação em Zootecnia do IFMG Bambuí

Revisão: Prof. Luiz Carlos Machado – IFMG Bambuí

Para baixar esta nota técnica em formato PDF clique aqui.

 

O coelho é um modelo experimental de extrema importância para o avanço científico da sociedade, prestando excelentes serviços no desenvolvimento de medicamentos, vacinas, cosméticos e produtos relacionados. Contudo, esta atividade deve ser feita de maneira controlada buscando se adequar às atuais normas. De acordo com a resolução normativa N°33, de 18 de novembro de 2016 do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, os seguintes princípios devem ser considerados.

            Alimento: os coelhos devem receber uma dieta palatável, que atenda às suas exigências nutricionais e em quantidades adequadas. É importante oferecer alimentos com grau de dureza que estimulem e provoquem o desgaste dos dentes, os quais são de crescimento contínuo nessa espécie. Os comedouros devem ser de fácil acesso e adequados ao número de animais por recinto. Outros itens de alimento, além da ração, podem ser oferecidos aos animais, tais como forragens. A ração deve ser armazenada em recintos cobertos, ambientes limpos, secos, arejados, sem odores e protegidos do sol e do calor, de modo a minimizar a deterioração e contaminação. O local destinado para armazenar a ração não deve alojar outros insumos.

            Água: deve ser oferecida de forma potável, fresca, limpa e à vontade e caso não observe esses princípios, a contaminação da água poderá influenciar nos resultados das pesquisas feitas com os animais, além de prejuízos na saúde dos mesmos. A restrição de líquidos pode afetar na menor ingestão de alimento e na desidratação.

            Manejo: é desejável o registro das atividades. Os funcionários devem conhecer o comportamento e a biologia dos animais para minimizar as situações de estresse e promover situações que gerem estímulos prazerosos.

            Identificação: as gaiolas de todos os animais devem possuir registros em forma de etiquetas fixadas e os animais reprodutores devem possuir fichas individuais atualizadas, constando informações como categoria, raças, data de nascimento e outras pertinentes.

            Segurança do operador: os operadores que realizam as múltiplas atividades devem usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado ao desempenho da atividade.

            Descarte de materiais: os resíduos são classificados em função de suas características específicas e seu manejo necessita de cuidados e métodos especiais de coleta, transporte e destinação final.

            Procedimentos de coleta de sêmen: os métodos incluem a monta natural e coleta na fêmea, eletroejaculação sob anestesia e coleta após eutanásia.

            Procedimentos de coleta de sangue: devem considerar o fato de que todas as espécies têm a mesma relação entre volume sanguíneo e peso corporal. Devido ao estresse gerado por esse procedimento, podem ocorrer algumas alterações nos processos bioquímicos no sangue dos animais. É importante que o executor do procedimento já tenha habilidade com o processo para evitar um maior estresse. O volume máximo recomendado para coleta de sangue é de 10% do volume de sangue circulante em animais saudáveis e bem nutridos, observando um período mínimo de recuperação de 3-4 semanas. É importante levar em consideração o método, o volume e a frequência da coleta, pois estes estão ligados diretamente ao bem-estar do animal. Sempre quando possível, é recomendada a reposição de fluidos após coletas de sangue. Uma imobilização inadequada prolongará o tempo de retirada de amostras, aumentará os riscos para o animal e reduzirá a qualidade das mesmas. Quando coletas múltiplas são necessárias, deve-se alternar o local da coleta.

            Controle da dor: devem-se aplicar analgésicos, anestésicos e sedativos nos coelhos antes de procedimentos cirúrgicos, pois a dor ocasiona alterações fisiológicas, bioquímicas e comportamentais indesejáveis ao animal, podendo prejudicar os estudos científicos. O alívio da dor traz consigo a homeostasia do organismo do animal após as cirurgias.

São questões essenciais referentes ao bem-estar animal a serem consideradas.

  1. a) buscar-se reduzir a utilização de animais, quando possível;
  2. b) minimizar a dor e a perturbação para o animal.

O monitoramento do estado do animal no transcorrer do estudo deve ser feito de forma responsável e incluir, além do exame clínico diário, a observação constante, assim como análises clínicas feitas por profissionais capacitados, para determinar o ponto final da participação de cada um dos animais na investigação.

Enriquecimento ambiental: Sempre que possível é recomendado o enriquecimento ambiental da gaiola utilizando-se para este fim utensílios diversos. Plataformas ou caixas colocadas entre 20 e 30 cm acima do chão fornecem um bom abrigo escuro. Bolas e dois pesos de polipropileno resistentes a mordidas servem como bons brinquedos, bem como correntes de aço inoxidável suspensas com madeiras penduradas.

Na área de bem-estar são consideradas as necessidades comportamentais específicas da espécie, como por exemplo, a disponibilidade de um espaço que permita livre movimentação e atividades básicas como, sono, privacidade e contato com outros animais. Os animais devem ser acostumados com o contato humano, principalmente dos pesquisadores, com o intuito de evitar maiores problemas e desconfortos para as espécies.

Social: Em seu habitat, os coelhos são animais sociais e, em muitos casos, vivem em tocas de até 100 ou mais animais de várias idades. Alojamento em grupos proporciona aos animais a oportunidade de um comportamento social mais próximo do natural, incluindo uma ampla oportunidade para o exercício adequado, limpeza mútua e melhora no bem-estar geral. Coelhos alojados em grupo realizam uma higiene grupal, que é um comportamento importante e aumenta a coesão do grupo. Os coelhos podem também ser alojados em pares com gaiolas interconectadas. Animais alojados individualmente devem ter contato visual e olfativo com outros coelhos. Enquanto as pesquisas sobre alojamento grupal de fêmeas não forneçam um resultado concreto bem como o problema relacionado à elevada agressividade dos animais seja contornado, o alojamento individual de reprodutoras é indicado.

Estimulação olfatória: O coelho tem uma alta sensibilidade olfativa, o que é de extrema importância no comportamento social e sexual. Portanto, deve-se evitar o uso de substâncias químicas de odor forte. Os coelhos devem ser capazes de manter contato olfativo com outros animais familiares.

Além desses princípios deve-se recordar que todos os experimentos que envolvam a participação de animais devem obedecer ao disposto na lei 11794 de 2008 devendo ser obrigatoriamente aprovado previamente por uma comissão de ética animal (CEUA).

 

 

Contato

Contato

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.