Mixomatose é uma das enfermidades mais graves que pode acometer os coelhos. É uma doença infectocontagiosa de NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA aos Órgãos de Saúde e Zoonoses. É causada pelo vírus myxoma, originário de coelhos selvagens, manifestando sintomas principalmente nas áreas genitais, patas, focinho, olhos e orelhas, formando nódulos subcutâneos gelatinosos em volta das aberturas naturais, conjuntivite bilateral e edema na face, dando à cabeça do animal um aspecto leonino. O diagnóstico é baseado principalmente nos sinais clínicos, mas achados anatomopatológicos contribuem para sua identificação.
Embora existam vacinas disponíveis em países onde a doença é considerada endêmica, não existe um tratamento específico e a mortalidade é alta e rápida. Sendo assim, o melhor "remédio" é sempre a prevenção. Nesse sentido, a ACBC chama a atenção para as principais formas de preservar seu plantel dessa doença tão implacável:
1- Evite comprar animais de outros Estados ou Países (especialmente Uruguai e Argentina, onde já houve surtos) sem laudo veterinário atestando ausência de mixomatose;
2- Ao adquirir animais de outros plantéis, mantenha-os em quarentena por, no mínimo, 15 dias. Os animais adquiridos de fora precisam ficar em gaiolas separadas e distantes dos demais animais do plantel.
3- Evitar contato de coelhos com qualquer animal silvestre, pois estes podem portar o vírus transmissor da Mixomatose.
4- Preservar as instalações contra insetos e pragas como artrópodes (mosquitos, moscas, pulgas e ácaros), que podem transmitir a doença.
Infelizmente, devido à baixa demanda do mercado nacional, não são fabricadas, importadas ou vendidas vacinas contra Mixomatose para Coelhos no Brasil.